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Trânsito

Motociclistas representam 82% das mortes no trânsito

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Apenas nas últimas 48 horas, duas pessoas morreram após se envolverem em acidentes em Campo Grande; as duas vítimas de 50 e 31 anos pilotavam motos

De janeiro a março deste ano, 19 motociclistas já morreram no trânsito de Campo Grande, o equivalente a 82% das 23 mortes registradas até ontem, conforme dados do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran). No mesmo período de 2021, a Capital registrou 16 mortes envolvendo veículos.

Apenas nas últimas 48 horas, duas pessoas morreram após se envolverem em acidentes. Um homem de 50 anos faleceu na tarde de domingo (13), após sua motocicleta ser atingida por outro veículo na Rua Aniceto da Costa Rondon com o cruzamento da Rua São Jerônimo, no Bairro Caiçara.

Wellington dos Santos Santana, de 31 anos, uma das vítimas mais recentes do trânsito em Campo Grande, morreu na madrugada de ontem, após colidir sua moto em um poste de energia na Avenida Júlio de Castilho.

De acordo com o sistema de monitoramento de acidentes no trânsito do Ministério da Infraestrutura, motos estão em segundo lugar no ranking de veículos envolvidos em acidentes na Capital, por volta de 24,05% das ocorrências registradas entre 2020 e 2021.

As motocicletas perdem apenas para os veículos, que representam 48,22% dos acidentes no município.

Segundo a chefe da Educação para o Trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Ivanise Rotta, o principal fator de risco para os acidentes é a velocidade inadequada ou excessiva.

“Qualquer velocidade praticada na via que seja diferente das que estejam estabelecidas nas placas ou em sinalização vertical é considerada velocidade de perigo, podendo, sim, causar um sinistro [acidente] grave ou fatal”, disse.

Ao Correio do Estado, Rotta salientou que os motociclistas são os mais vulneráveis no trânsito, por estarem mais expostos durante as colisões. “Em qualquer situação de acidente, independentemente de quem esteja certo ou errado, o motociclista e seu passageiro sempre estarão mais expostos ao perigo, com maiores riscos de morte ou graves lesões”, pontuou.

FATORES DE RISCO

Segundo o especialista em trânsito Carlos Alberto Pereira, o alto índice de motociclistas mortos em acidentes pode estar ligado a uma lista de fatores, como o número expressivo de pessoas dirigindo sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Em entrevista ao Correio do Estado no fim de fevereiro, Pereira explicou que a falta de manutenção das motocicletas, principalmente em freios e setas, atrelado à ausência de fiscalização de trânsito são fatores que favorecem os acidentes.

“É previsto que haja um aumento no número de acidentes em 2022 por conta da retomada de eventos e do afrouxamento das medidas restritivas para o combate da transmissão da Covid-19”, afirmou o especialista.

Via Correio do Estado MS

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