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Empresas mineradoras prometiam lucros, mas investidores eram lesados

Redação

[Via Correio do Estado]

Empresas mineradoras de criptomoedas, alvos de investigação do Ministério Público Estadual (MPE), prometiam lucros aos investidores, mas os mesmos não recebiam os valores prometidos. Com objetivo de desarticular o esquema fraudulento de pirâmide financeira por meio mineração de criptomoedas, conhecidas como bitcoins, o Grupo de Atuação Especial de Combate Organizado (Gaeco) deflagrou hoje a operação Lucro Fácil.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Direitos Difusos e Coletivos de Campo Grande, a pedido da Promotoria de Defesa do Consumidor.

Segundo o promotor Luiz Eduardo Lemos de Almeida, investigação começou no fim do ano passado e apontou que vários consumidores não receberam os valores investidos nas empresas, com fortes indícios de pirâmide financeira.

“Na verdade, há um anúncio de mineração que não era feita. A mineração só era alardeada, porém não ocorria de fato. O que ocorria de fato era mesmo a pirâmide financeira. O não pagamento demonstra que essa pirâmide começou a desmoronar e causar lesão nos consumidores”, disse o promotor.

Na operação, foram apreendidos computadores, documentos, agendas, cadernos e materiais de interesse do MPE para a ação civil pública.

“O que nós buscamos é que não haja mais ingresso de nenhum consumidor nessas pirâmides, que as empresas sejam dissolvidas e que haja reparação ao consumidor”, afirmou Lemos.

Para que os investidores não tenham prejuízo, a ação também busa a apreensão de bens e valores das empresas para o ressarcimento dos danos.

“A questão da mineração, criptomoedas, na nossa ótica do Ministério Público é que é algo muito novo, é atrativo para o consumidor e serve muito mais como um chamariz do que como um serviço efetivamente prestado, aliás o serviço não era prestado por parte das empresas”.

Os mandados foram cumpridos, dentre outros locais, nas sedes das empresas Mineworld, Bit Ofertas e Bitpago, na capital sul-mato-grossense e São Paulo, além das residências dos respectivos sócios.

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