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Saúde

Com plantões restritos, HU reduz atendimento de urgência

Redação

[Via Correio do Estado]

A superlotação do Pronto Atendimento Médico (PAM) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap), em Campo Grande, deve reduzir com acordo firmado pelo Ministério Público Federal (MPF). A unidade vai restringir os atendimento de urgência e ampliar o atendimento à comunidade na área de cirurgias eletivas. A reestruturação deve começar a valer a partir de junho deste ano.

De acordo com superintendente de relações institucionais da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Antônio Lastória, a alta demanda de urgência acarretou em aumento nos plantões de funcionários da unidade. No ano passado, acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou aos hospitais universitários o não pagamento de Adicional por Plantão Hospitalar (APH) para todos os servidores em jornada flexibilizada.

No início do ano, o setor de urgência, com capacidade para 18 pacientes, chegou a ficar ocupado por 60 pessoas. Portanto, ultrapassando em mais de 200% o potencial da estrutura de atendimento. Havia ainda 13 pacientes aguardando tratamento em ortopedia.

Com superlotação e restrição nas horas de atuação dos servidores, o pronto atendimento corria o risco de fechar. Para isto não ocorrer, o MPF firmou acordo para manutenção do serviço. “Negociando, vamos reduzir o atendimento na urgência e ampliar as cirurgias”, explicou Lastória.

Em nota, a direção do Humap afirmou confirmou a negociação para realização de cirurgias eletivas em diversas especialidades. A quantidade de procedimentos a serem feitos ainda não foi definido. “(...) Com o fim da superlotação do Pronto Atendimento Médico será possível desafogar também o centro cirúrgico e priorizar os leitos para internar pacientes para cirurgias eletivas”.

Os pacientes candidatos aos procedimentos cirúrgicos estão na fila do Sistema de Regulação (Sisreg) e serão avisados pela regulação sobre data, horário e local para realizar o procedimento que estão aguardando.

Também há previsão para realização de 20 cirurgias eletivas de alta complexidade na área da ortopedia por mês, na Unidade do Trauma, administrado pela Santa Casa.

FILAS

Na última segunda-feira, a promotora Filomena Fluminhan, do Ministério Público Estadual (MPE), afirmou que quase 30 mil pacientes aguardam na fila para realização de consultas, exames e cirurgias em diversas especialidades no estado.

Inquéritos foram instaurados para apurar a fila das cirurgias gerais - urologia, ginecologia, angiologia e otorrino -, que tem 5,6 mil pessoas aguardando, além do mau atendimento prestado na área de cardiologia, com 10,3 mil pessoas esperando consultas e exames é outra frente de levantamento de dados.

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