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Cineasta Joel Pizzini resgata trajetória do artista Ziembinski em documentário

Redação
A produção do diretor conta com participações especiais, como Nicette Bruno

Sul-mato-grossense de coração, mas carioca na certidão de nascimento, Joel Pizzini segue com planos de contar a história da arte brasileira.

Depois de revisitar gravações antigas de Manoel de Barros, o diretor lança o filme “Zimba”, que aborda a trajetória artística e existencial do ator e diretor de teatro Zbigniew Ziembinski, que ao denunciar o nazismo com a peça “Genebra” de Bernard Shaw é obrigado a fugir da Polônia e se refugiar no Brasil.

O trabalho, que estreia em festivais nacionais e também na Globo News, aborda a criatividade do diretor de teatro, além de sua colaboração com Nelson Rodrigues, como na montagem do famoso “Vestido de Noiva”, de 1943.

Considerado um revolucionário, Ziembinski, também conhecido como Zimba, teve um papel importante no desenvolvimento da arte brasileira.

O filme é narrado em primeira pessoa, a partir de vasto material de arquivo e com participações das atrizes Nathalia Timberg, Camila Amado e Nicette Bruno – sendo este um dos últimos trabalhos da atriz, que faleceu em decorrência do coronavírus em 2020. O filme recupera performances de Ziembinski no cinema, novelas e teleteatros por meio de um diálogo cineteatral.

“Há dois anos estou envolvido nesse projeto, que surgiu de um convite de  Urszula Groska, polonesa que vivia no Brasil e foi uma espécie de embaixatriz da cultura polonesa aqui”, explica Pizzini.

Na época do convite, o diretor estava finalizando “Rio da Dúvida”, documentário que mostra a expedição do ex-presidente americano Theodore Roosevelt e do Coronel Candido Rondon até a Amazônia.

Pelo trabalho à frente de seu tempo, Ziembinski atuou na Rede Globo, inclusive contribuindo com sucessos como a novela “O Rebu”, de 1974. “Ela foi revolucionária, para você ter uma ideia, a história se passava em dois dias”, conta Pizzini.

Pelo trabalho de Ziembinski na teledramaturgia, Pizzini teve acesso a um material vasto sobre o artista, fruto do arquivo da Rede Globo. “Ele é muito bem documentado, tivemos acesso aos filmes que ele fez como ator, encontramos muito material dele também no arquivo nacional, na Funarte e na Cinemateca Brasileira”, pontua.

A Globo Filmes, a GloboNews e o Canal Brasil assinam, juntos, a coprodução de diversos documentários, que transitam pelos mais diversos assuntos relacionados à cultura brasileira e que apresentam olhares únicos sobre personagens, épocas e fatos da nossa história.

Zimba foi selecionado para Mostra Competitiva da 26ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, que acontece entre 8 e 18 de abril de 2021. No dia 29 de abril está previsto o lançamento nos cinemas com distribuição da Bretz Filmes.

Via Correio do Estado

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