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Após desabamento na Rotunda, Defesa Civil interdita galpões históricos

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Coordenador explicou que dois outros galpões, além do que teve o teto desabado, seguirão isolados até novas verificações

Após o desabamento que aconteceu na região da Rotunda Ferroviária em Campo Grande – ainda no fim da manhã deste domingo (07) -, a Defesa Civil seguiu pelo local na manhã desta segunda (08) com a interdição dos galpões históricos que compõe o complexo na Capital. 

“Temos outros dois galpões ali atrás, eles foram verificados ontem (07) pela Defesa Civil, e foi tomada a mesma atitude com este aqui, que foi interditar até que seja verificado”, confirmou o coordenador da defesa Civil, Anderson Adalta Isipião dos Santos, na manhã de hoje (08).  

Imagens de circuito interno de segurança vizinho ao galpão indicam que o relógio tinha recém marcado dez horas da manhã quando o desabamento ocorreu.

Importante explicar que esse complexo da Rotunda da Ferroviária chegou a ser reservado, nos planos da Prefeitura Municipal, para abrigar um Museu Interativo com instalações multimídias que deveria contar toda a história da ferrovia noroeste do Brasil.

Mais recente, o vereador Ronilço Guerreiro aproveitou o desabamento para cobrar as obras de revitalização. 

“Esse espaço já recebeu inúmeras promessas de revitalização, projetos de reforma, sendo um dos últimos em 2020 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com a ideia de transformar o espaço em um polo de cultura e turismo, mas nada saiu do papel”, argumenta o parlamentar.

Histórico

Memória cultural de todo um sistema econômico, o complexo da Rotunda foi financiado em 1939, pelo então governo de Getúlio Vargas, durante o regime de Estado Novo, com as obras iniciando entre 1941 e concluídas dois anos depois. 

Esse espaço contempla a rotunda em si, que – comportando a época 13 locomotivas – fica sendo a maior edificação do local; além do girador de 20 metros de diâmetro. 

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), todo o complexo foi tombado como patrimônio (nas esferas Municipal, Estadual e Federal) após os movimentos de Campo Grande a partir de 1996, pelo Decreto número 3.249, de 13 de maio. 

Já em março de 1997 o Governo do Estado vai em direção ao decreto campo-grandense e publica a lei n.º 1.735, em 26 de março de 1997, tombando os sítios das estações do Complexo Ferroviário Histórico e Urbanístico da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.

Via Agência Brasil

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