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Após ataques, polícia reforça a segurança no Jardim Carioca

Redação

[Via Correio do Estado]

Depois de três casos diferentes de ataques a mulheres em menos de 20 dias, a região do Bairro Jardim Carioca, em Campo Grande, recebeu reforço policial. A recente onda de violência na localidade tem causado medo nos moradores. Mas, segundo quem mora no bairro, rondas policiais são novidade.

Na segunda-feira, uma mulher de 75 anos foi esfaqueada por um homem durante tentativa de assalto. Poucos minutos antes o mesmo homem, segundo a descrição física feita pelas vítimas, invadiu a casa de uma agricultora de 54 anos para roubar, fugindo do local com apenas uma carteira de cigarros e R$ 30. No dia 29 do mês passado, uma mulher de 30 anos foi arrastada para um matagal e atacada com 11 facadas. Todos os casos aconteceram na região de uma ponte que dá acesso ao Núcleo Industrial próximo ao bairro.

INSEGURA

A população local relata que a falta de segurança na região não é problema recente, mas que, com os últimos casos de violência, muitos temem até sair de casa. João Francelino dos Santos, 78, é morador do bairro há 35 anos e afirma que a região já foi tranquila, mas que está cada vez mais violenta. “Quando cheguei aqui, era tão gostoso de morar. Agora dá medo até sair de casa. Está perigoso, o pessoal aqui está sendo atacado”, relatou. Revoltada com a situação, a associação de moradores organizou um protesto cobrando medidas urgentes.

Segundo a assessoria da Polícia Militar, o policiamento na região foi reforçado e equipes de inteligência estão realizando monitoramento do bairro para adotar medidas que reduzam os índices de criminalidade. Hugo Farias, 31, mora a menos de 100 metros da ponte em que os crimes aconteceram. Ele relata que pouco foi feito após o primeiro caso e que “normalmente não é assim, não vejo polícia. De ontem para cá, vi três viaturas passando aqui na rua. Vamos ver até quando dura”, afirmou.

“Vão esperar uma quarta, quinta vítima para fazerem algo efetivo?”. O questionamento foi feito pelo filho da vítima esfaqueada na manhã de ontem, que prefere não ser identificado. Para o professor de 55 anos, a responsabilidade dos acontecimentos é em partes do poder público. “A polícia não consegue atuar com efetividade na região por ter pouco efetivo, não recebe melhorias”, afirmou.

Após ser liberada do hospital, a mulher retornou para casa e segue em observação. A família, que vive no bairro há cerca de vinte anos, tenta se reestruturar após o ocorrido. Quando indagado sobre as condições da mãe, o homem relata que a situação ainda é delicada.

ATUAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR 

Dominoni ressaltou que a Força Tática continuará na região até prender o culpado pelos ataques e que vem atuando em parceria com a Polícia Civil para solucionar os casos denunciados.

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