Sem funcionar há 15 meses, radares são recolhidos das ruas
[Via Correio do Estado]
Inoperantes há quase 15 meses, os radares e lombadas eletrônicas são retirados das ruas e avenidas de Campo Grande somente agora pela empresa Perkons – que manteve o monitoramento até dezembro de 2016. Ao mesmo tempo, a licitação aberta pela prefeitura para retomar o funcionamento dos aparelhos está emperrada desde novembro do ano passado.
O motorista acostumado a reduzir a velocidade quando passa em frente ao Centro de Convenções Albano Franco, na Avenida Mato Grosso, já não se intimida com a presença do radar ocioso que ficava no local.
Apenas as placas que apontam a fiscalização eletrônica foram mantidas, o restante já foi todo retirado. Próximo dali, o equipamento que minimizava parte dos excessos no trânsito da Avenida Hiroshima, no Bairro Carandá Bosque, também foi removido.
A prefeitura da Capital confirmou que a Perkons faz a retirada das máquinas que instalou e administrou entre 2010 e 2016. A empresa operava 97 radares distribuídos em 53 pontos da cidade e 30 faixas de lombada fixadas em 16 locais. Com os reajustes contratuais, concedidos a cada 48 meses, a companhia recebeu R$ 25 milhões durante o período.
O novo processo para licitação dos serviços de gerenciamento dos radares e lombadas foi aberto nove meses depois da saída da Perkons e prevê contrato de R$ 39,9 milhões, por dois anos. Porém, em novembro de 2017 o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou a suspensão cautelar da concorrência após denúncia da empresa Bless Processamento de Dados Ltda. ME. Para a firma, as exigências do edital restringiam a concorrência.