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Trânsito

Modernização do trânsito deve custar R$ 42 mi em quatro anos

Redação

[Via Correio do Estado]

Em quatro anos, a modernização do trânsito de Campo Grande deverá custar R$ 42 milhões aos cofres públicos. De 2017 até agora, já foram utilizados aproximadamente R$ 12 milhões e a previsão é de que sejam empenhados mais R$ 30 milhões até o fim de 2020.  O investimento milionário é necessário por conta dos problemas ainda visíveis – congestionamentos, vias sem sinalização e cruzamentos perigosos.

O diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Janine de Lima Bruno, informou que grande parte do dinheiro foi gasto com a recuperação da estrutura viária, que estava sucateada.

Entre as principais readequações no trânsito, está a semaforização. Dos 478 semáforos da cidade, 51 foram substituídos com recursos do Pró-Transporte, programa do Ministério das Cidades. Alguns locais beneficiados foram os cruzamentos das ruas Ceará e Pedro Celestino, além das avenidas Eduardo Elias Zahran, Mato Grosso, Fernando Corrêa da Costa, entre outras na área central. Além disso, o município já iniciou a implantação da onda verde.

“Com a sincronização, o trânsito flui melhor, permitindo ao motorista, se mantiver uma velocidade constante, encontrar sempre o verde na passagem dos cruzamentos. Infelizmente, a falta de investimento nos últimos anos, quando recursos foram perdidos, acabou sucateando os equipamentos, que agora serão trocados”, explicou Bruno.

A mudança será ampliada de forma gradativa, para abranger todos os sinaleiros. “Os antigos aparelhos serão restaurados e poderão ser aproveitados em novos cruzamentos, onde houver demanda e os estudos técnicos mostrarem a necessidade de sinalização semafórica”, pontuou.

Além dos semáforos, a prefeitura também tem investido em sinalização. Conforme o diretor, a Capital recebeu seis mil placas de trânsito e as ruas estão ganhando pintura. “A recuperação do parque semafórico é a nossa prioridade, mas só isso não é suficiente. Nós também estamos melhorando a sinalização com a instalação de placas de proibição e orientação, além da sinalização horizontal, que já estava bastante apagada por falta de manutenção”.

ROTATÓRIAS

Emblemáticas, as rotatórias da Capital estão no foco das readequações. Tudo começou com a intervenção na que fica no cruzamento das avenidas Mato Grosso e Nelly Martins (Via Parque), entregue à população em 2017. As mudanças no local, feitas para dar mais fluidez ao trânsito, custaram R$ 1,6 milhão aos cofres do governo do Estado. O recurso foi repassado à Prefeitura de Campo Grande, gestora da obra, por meio de convênio com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS).

Na nova rotatória, foram instalados quatro conjuntos de semáforos inteligentes – equipados com controladores que organizam o tempo de duração dos sinais verde e vermelho conforme o fluxo de veículos. A readequação ainda ampliou o número de faixas de rolamento da Avenida Mato Grosso, de duas para três.

Estratégia semelhante foi adotada na Avenida Gury Marques com a Interlagos, por onde circulam em média 50 mil veículos por dia. O local também ganhou semáforos e iluminação. A sinalização de pista foi realizada com aplicação de material em alto-relevo, que já vem sendo utilizado em várias avenidas da cidade e chega a durar de 5 a 6 anos sem manutenção, mesmo em locais com alto fluxo. A obra teve custo em torno de R$ 1,1 milhão.

Haverá intervenções semelhantes nas rotatórias das avenidas Tamandaré com Euler de Azevedo, Três Barras com Marquês de Lavradio, Eduardo Elias Zahran com Joaquim Murtinho, e esta com a Ceará, onde as obras devem começar ainda no primeiro semestre.

Reformas em terminais e mais abrigos

Campo Grande tem 4.442 pontos de ônibus, destes 1,3 mil não têm cobertura. Longe do Centro, a maioria das paradas não tem nenhuma proteção contra o sol e a chuva e, em muitos casos, ficam literalmente dentro do mato.

A Agetran diz que, desde o início da gestão, 202 abrigos foram instalados. Além disso, licitação foi aberta para construção de mais 500 estruturas – com investimento de R$ 2,987 milhões, oriundos de convênio com a Caixa Econômica Federal (CEF), pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Os terminais – que têm entre 18 e 27 anos de construção – nunca foram completamente reformados. Receberam apenas pequenas melhorias, apesar do tempo de construção.

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