[Via Correio do Estado]

A região no entorno da Receita Federal de Ponta Porã foi tomada pelos buracos nas ruas. O vaivém de caminhões que passam por ali potencializa o problema, cuja solução ainda depende de projeto em longo prazo.

Na Rua 18 de Julho, próximo ao cruzamento com a Avenida Marechal Floriano, o motorista só escapa das crateras em série se subir na calçada, como destaca o comerciante Virgílio Lamas, 52 anos. “Isso aqui é um pedacinho só. Não é nem a unha. Muitas outras partes da cidade estão assim”.

Os caminhões que se dirigem à Receita Federal precisam manobrar para evitar a fenda aberta no pavimento da Rua Ivan Soares Gonçalves, antiga São Paulo, quase na esquina com a Avenida Internacional. Os defeitos são constantes também nas ruas Afonso Pena e Rodrigues Alves. As duas ficam nos arredores da Receita.

O prefeito Hélio Peluffo Filho reconhece a precariedade do asfalto na região. “Nós temos um desequilíbrio na região da Receita Federal. Estamos com uma exportação que chegou a 150 caminhões por dia, na semana passada. Mais da metade desses caminhões é paraguaia. Não respeita peso, nada”.

Ainda de acordo o prefeito, “só pavimento novo para não ter esse tipo de problema”, visto que a malha viária do município tem entre 20 e 30 anos. “Nós vamos ampliar a requalificação do asfalto com recursos financiados. Nada de ficar esperando vir de governo do Estado, governo federal”, promete, sem estimar prazo.

Distante do maior foco de buracos, uma das principais vias do Bairro da Granja também está repleta de estragos. É o caso da Rua Batista de Azevedo, onde Rogério Soares da Silva, 40, trabalha em um pequeno mercado.

“Já vi uma senhora caindo com uma criança de colo por causa desses buracos. Alguns estão recortados, porque as equipes vieram, quebraram, mas não colocaram a massa. Isso já faz duas semanas”.

Em nota divulgada no site oficial, a prefeitura também justificou que “o forte volume de chuvas registrado nos últimos dias abre buracos nos pavimentos com a vida útil vencida”. O Executivo da cidade distante cerca de 350 quilômetros de Campo Grande pediu compreensão e recomendou prudência no trânsito.

ANEL VIÁRIO

A prefeitura de Ponta Porã está próxima de acertar convênio com o governo do Estado para executar a segunda etapa do anel viário. A alternativa deve ajudar a desafogar o movimento de caminhões na parte central do município, com a ligação da MS-164, saída para Antônio João, com a BR-463, saída para Dourados.

Neste projeto, as ruas Belmiro Albuquerque, Vital Brasil e Iturama servirão como desvios até o anel viário.
A obra da primeira etapa foi iniciada, mas não pavimentada. De acordo com o mandatário, terminar a etapa já implantada “não muda nada, porque eu tenho que passar no meio da cidade para chegar lá”.