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Conflito

Impasse sobre feridos prejudica saída de estrangeiros da Faixa de Gaza

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Divulgação de listas da passagem de Rafah foi suspensa neste domingo. Até o momento, nenhum brasileiro conseguiu deixar Gaza pela saída para o Egito

A autorização para o uso da passagem de Rafah foi suspensa, neste domingo (5), diante do impasse entre Israel e Hamas sobre a saída de feridos da Faixa de Gaza.

Os brasileiros que estão na região ainda não foram autorizados a utilizar a rota de fuga, ao contrário de outros 2,2 mil estrangeiros, entre nacionais dos Estados Unidos, Reino Unido, Japão. Neste domingo, nenhuma lista com nenhuma nacionalidade foi liberada.

As justificativas para suspensão das listas, assim como os critérios para a definição dos nomes, não estão claras. De acordo com fontes do Itamaraty, a situação dos feridos seria a questão do momento.

Na sexta-feira (3), o Exército de Israel bombardeou uma ambulância em Gaza com sob o argumento de que o veículo seria utilizado por comandantes do grupo Hamas. O ataque teria deixado mortos.

Desde a abertura de Rafah, pessoas feridas têm tido prioridade para deixar Gaza e serem levadas a hospitais egípcios. Israel, no entanto, acusa o Hamas de se infiltrar entre os feridos, para utilizar da condição humanitária de resgate e esconder os militantes de seu grupo.

Procurada, a embaixada de Israel em Brasília não comentou sobre a suspensão da divulgação de nomes autorizados a usar a passagem de Rafah.

Desde o início, a representação israelense no Brasil tem dito que Israel não determina quem entra e quem sai das listas. Ao mesmo tempo, a embaixada ressaltou que o uso de hospitais e outras instalações de saúde é “método do Hamas”, o que, para Israel, justificaria a desconfiança sobre o transporte realizado pelas ambulâncias.

Além de pessoas, os veículos também seriam utilizados para transportar armas, de acordo com Israel.

Na sexta-feira, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou que a situação é comovente. “Totalmente comovido com os relatos de ataques a ambulâncias que evacuavam pacientes perto do hospital Al Shifa de Gaza. Insistimos: os pacientes, o pessoal de saúde, as instalações e as ambulâncias devem ser protegidas a todo momento. Sempre”, disse.

Via CNN Brasil

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