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Plantão na Cepol para atender crianças violentadas continua sem prazo para iniciar

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Há duas semanas, a Sejusp afirmou ao Correio do Estado que o espaço deveria ser ativado dentro de semanas, mas hoje, voltou atrás, e disse que ainda não existe previsão

Quase duas semanas após crianças serem flagradas dormindo em cadeiras na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), durante a madrugada, à espera de atendimento, a Secretaria Estadual de Segurança e Justiça (Sejusp) informou que a sala destinada ao atendimento infantil no Centro Especializado de Polícia Integrada (Cepol) ainda não tem prazo para entrar em operação.

De acordo com a secretaria, o espaço está pronto, mas ainda aguarda que o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) instale aparelhos para que os exames de corpo de delito das vítimas sejam feitos no local.

Como já mostrado pelo Correio do Estado, a demora em transferir os atendimentos para um espaço adequado prejudica as crianças que, além de serem vítimas de violências, ainda precisam passar por um atendimento que nem sempre supre suas necessidades no momento da denúncia.

A ideia é que o atendimento seja feito nesta sala na Cepol quando não houver expediente da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente [Depca], ou seja, aos fins de semana, feriados e após às 18h00. Hoje, este horário de plantão é suprido pela Deam.

Relatos enviados ao Correio do Estado, mostram que a espera para atendimento na Delegacia da Mulher pode durar até quatro horas, tempo em que as crianças se cansam e acabam dormindo nas cadeiras, mesmo que o espaço conte com camas. Contudo, conforme o informado, os pequenos são impedidos de usar a estrutura do local.

Além disso, o espaço não conta com profissionais especializados para escuta especial de crianças e nem de sala do Imol para realizar exames nas vítimas. A sala disponível é voltada para o atendimento das mulheres agredidas.

CASA DA CRIANÇA

Também segue sem prazo a construção da Casa da Criança, planejada para ser um local de atendimento para meninas e meninos aos moldes da Casa da Mulher Brasileira. O espaço foi anunciado como medida de melhoria para o acolhimento de crianças vítimas de violência, após a repercussão da morte da menina Sophia Ocampo, que foi abusada sexualmente e morta aos dois anos de idade.

Ainda segundo a Sejusp, a Casa da Criança deve sair do papel à médio prazo, já que depende de questões burocráticas como doação de terreno para edificação e licitação para contratar a empresa que irá executar a obra.

Via Correio do Estado MS

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