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Saúde

Vereadores investigarão a Santa Casa

Redação

[Via Correio do Estado]

Os vereadores de Campo Grande que compõem a comissão especial da Santa Casa querem fazer uma devassa nas contas do hospital. Os parlamentares enviaram um requerimento para que a unidade repasse informações do plano de contas, balanço patrimonial, convênios firmados, receitas e repasses provenientes da União, Estado e município. A Santa Casa tem 15 dias de prazo para responder. “Precisamos saber dos contratos envolvendo prefeitura e Santa Casa”, explicou o vereador Delegado Wellington (PSDB), relator da comissão.

A comissão foi instituída em razão dos problemas financeiros e da falta de transparência do hospital, que todo mês recebe mais de R$ 21 milhões em verbas públicas para manter a estrutura e atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós queríamos entender por que estava tão conturbada a situação. Por que a Santa Casa vive no vermelho. Queremos saber o que entra, o que sai”, disse o presidente da comissão, vereador Wilson Sami (MDB).

Os vereadores solicitaram à Santa Casa o envio do plano de contas, de balanço patrimonial do exercício 2017, 2018 e parcial 2019, demonstração do resultado do exercício 2017 até o atual, cópias dos contratos, atendimento por convênio especificando o atendimento realizado. Além das receitas e dos repasses recebidos no exercício 2017 pela União, Estado e município e relatório elaborado pela instituição traduzindo a real situação do hospital.

O problema da Santa Casa é tão complicado que nem emendas provenientes do Fundo Municipal de Investimentos Sociais (Fmis) a entidade conseguiu receber. Ela ficou de fora do repasse de R$ 5,2 milhões para beneficiar 155 entidades assistenciais. Reportagem publicada ontem pelo Correio do Estado detalhou a situação.

A falta de transparência do hospital tem gerado problemas internos administrativos e também entre os conselheiros da Associação Beneficente (ABCG), que administra a Santa Casa.

Um conselheiro procurou o Ministério Público Federal (MPF) paradenunciar contratos ilegais, dilapidação do patrimônio do hospital e fraudes, tudo para desviar recursos da saúde. A Santa Casa foi novamente procurada, mas não deu respostas.

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