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Redação
A dica da semana é a série “Fleabag”, produção da Amazon Prime com a BBC

Dica da Semana: “Fleabag”

Humor e melancolia se encontram em premiada série da Amazon Prime com a BBC

Apesar da popularidade das sitcoms se sustentar parcialmente na falta de originalidade, a produção da Amazon Prime em parceria com a BBC, “Fleabag”, está longe de ser previsível. Escrita e idealizada por Phoebe Waller-Bridge a série conta com apenas 12 episódios e é um poderoso retrato sobre luto e remorso que foi inspirado em um monólogo homônimo de 65 minutos apresentado por Phoebe e encontra-se disponível na Amazon Prime Video.

Ao longo de duas temporadas a série acompanha a história de uma mulher apelidada de Fleabag (Phoebe Waller-Bridge) – um xingamento em inglês cuja tradução literal é “saco de pulgas” – que se descreve como uma pessoa mesquinha, pervertida, egoista, cínica, promíscua e falida que não pode nem se chamar de feminista.

Apesar de parecer alguém detestável, a jovem, cujo verdadeiro nome nunca é revelado, age dessa forma para esconder traumas do passado. Dentre eles se destacam o conturbado relacionamento com a família e a morte da melhor amiga Boo (Jenny Rainsford), com quem abriu um café temático de porquinhos da índia no centro de Londres, que se encontra à beira da falência.

Além disso, ela vive em um relacionamento conturbado com Harry (Hugh Skinner), que não suporta certos hábitos da jovem e periodicamente termina o namoro, o que leva Fleabag a preencher seu vazio emocional com encontros sem sentido ao lado de pessoas detestáveis.

Apesar de parecer uma escolha inusitada, a série tem uma forma única de abraçar a tragédia de forma cômica, habilidade que lhe rendeu seis prêmios Emmys e dois Globos de Ouro. Uma de suas principais características é a constante “quebra da quarta parede”, recurso dramatúrgico que permite a Fleabag conversar com o público como se este fosse seu maior confidente e evidencia sua vontade de se conectar com os outros. Trata-se de uma mistura de humor e melancolia que circundam a história de uma mulher que deseja ser compreendida.

Clique aqui para assistir ao trailer de “Fleabag”.

Voar mais alto

Novo filme da Disney+ mostra que nunca é tarde demais para realizar sonhos 

Apesar de clichê, poucas frases são tão verdadeiras quanto o ditado popular de só se sabe valorizar algo depois de perdê-lo. Mas não é preciso esperar o pior para começar a viver e é sobre isso que se fala “Clouds”, a mais nova adição da Disney+.

Com estreia marcada para 29 de janeiro, a obra é baseada na biografia de Laura Sobiech sobre seu filho Zach, que morreu em 2013 devido a complicações de osteossarcoma, um tipo raro de câncer nas células formadoras dos ossos. O filme é produzido pelo ator e diretor Justin Baldoni, que conheceu Zach nove anos atrás durante as gravações da série “My Last Days” para a produtora americana CW, cujo objetivo era retratar a experiência de diversas pessoas que conviviam diariamente com o estigma da morte.

Após incontáveis sessões de quimioterapia, o adolescente de 17 anos Zach Sobiech (Fin Argus) recebe a notícia que seu câncer se espalhou para os pulmões e ele só teria mais alguns meses de vida. Apesar de seu tempo ser curto, Zack decide aproveitar ao máximo e tentar realizar alguns de seus sonhos, como convidar a colega de classe Amy (Madison Iseman) para um encontro e compor músicas ao lado da melhor amiga Sammy (Sabrina Carpenter).

Aos poucos os dois amigos decidem transformar essa vontade provada em um verdadeiro projeto público e passam a postar vídeos juntos de suas canções originais. Em um dia especialmente difícil para Zach ele escreve “Clouds”, uma música sobre sua vida e como é importante desapegar que viraliza na internet e transforma completamente seus últimos meses.

Por se tratar de um filme inspirado numa história real, o desfecho de “Clouds” não surpreende seus espectadores, principalmente por se tratar de uma obra que celebra a vida e como ela deve ser desfrutada ao máximo. Mas isso não a torna menos comovente, pois expõe a fragilidade e as limitações humanas por vezes esquecidas no dia a dia, assim como reforça a mensagem de que a vida é um presente único que deve ser aproveitado ao máximo.

Clique aqui para assistir ao trailer de “Clouds”.

Quando a lenda ganha vida

Depois da morte de sua esposa, um fiscal ambiental acaba se envolvendo em uma batalha entre o mundo real e o universo dos personagens do folclore brasileiro 

Assim como em outros lugares no mundo, existem no Brasil várias histórias e lendas que foram passadas, geralmente de forma oral, através de gerações. Essas narrativas compõem o folclore brasileiro, que possui personagens marcantes como o Saci Pererê, o Curupira e o Boto Cor de Rosa.

Esse universo já foi abordado em diversos livros infantis, como a célebre obra do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, de Monteiro Lobato. Porém, na nova produção original da Netflix, “Cidade Invisível”, – que estreia na plataforma no dia 5 de fevereiro, o imaginário infantil sai de cena e é substituído pelo suspense policial misturado com a fantasia.

Ambientada no Rio de Janeiro, a série tem como protagonista o fiscal ambiental Eric (Marco Pigossi), que vive atormentado desde a morte de sua esposa – uma antropóloga e ativista dos direitos ambientais – em um incêndio criminoso, sobre o qual nada se sabe.

Com uma filha pequena para cuidar, Eric acaba se envolvendo em uma perigosa batalha entre o mundo visível e aquele habitado pelos seres mitológicos do folclore brasileiro ao encontrar um boto cor de rosa na praia. Nesse processo, o protagonista irá entender melhor o que aconteceu com a sua mulher e quem ela era de fato.

Com roteiro de Mirna Nogueira, a série possui sete episódios e é dirigida por Carlos Saldanha, a mente por trás da animação “Rio”, que foi lançada em 2011.

Além de Pigossi, a produção original Netflix ainda conta com nomes conhecidos da indústria cinematográfica brasileira, como Jéssica Córes, Fábio Lago, Wesley Guimarães, Manu Diegues, Julia Konrad, José Dumont, Victor Sparapane e Áurea Maranhão.

Ao pegar elementos do folclore e introduzi-los em uma nova narrativa, “Cidade Invisível” se destaca entre as obras de suspense e investigação policial, além de trazer uma proposta muito interessante de valorização da cultura popular nacional.

Clique aqui para assistir ao trailer de “Cidade Invisível”.

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