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Testemunhas prestam depoimento em audiência de vereador acusado de estupro

Redação

[Via Correio do Estado]

A primeira e única audiência do caso do vereador Eduardo Romero (Rede), acusado de estupro por um menino de 13 anos, aconteceu na tarde desta terça-feira (5), na 7ª Vara da Infância e da Juventude no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), no Fórum de Campo Grande, região central da Capital.

Os trabalhos começaram por volta das 16h30. A possível vítima prestou seu depoimento em uma sala especial, acompanhado por psicológa e assistente social, onde Romero e seu advogado, José Roberto Rodrigues da Rosa, acompanharam em outro local, por câmeras.

Após cerca de uma hora, o juiz Marcelo Ivo de Oliveira recebeu, na sequência, as duas testemunhas de acusação. Ambas falaram por aproximadamente uma hora cada também, com o detalhe de terem optado por prestarem o depoimento sem a presença do vereador, que ficou durante o período em uma sala do fórum.

As falasd das três testemunhas de defesa começariam por volta das 19h30. Segundo o Tribunal de Justiça, são duas do interior, com a finalidade de mostrar a boa índole de Romero, uma de Paranaíba e outra de Fátima do Sul.

Questionados pelos jornalistas, Rosa confessou que assinou um termo com seu cliente que lhe proíbe de passar informações ou fazer comentários do ocorrido com jornalistas.

A expectativa é que Romero não dê declarações. Ele ainda não tinha sido levado para a sala da 7ª Vara até a publicação desta reportagem.Durante a manhã, deu declaração aos jornalistas sobre a expectativa para a audiência.

“Quem está cuidando da situação toda é a Justiça. Espero que a audiência resolva, traga a verdade dos fatos e encerre de uma vez por todas essa acusação infundada”, declarou.

Romero comentou ainda que os agentes públicos são muito expostos e, por muitas vezes, incompreendidos. “Há maldade muito grande com questões públicas, mas só vou poder falar mais sobre isso depois do julgamento”, pontuou.

A expectatuva é que, caso não sejam necessárias maisa audiências, o juiz dê seu veredicto após cerca de 15 dias.

O CASO

O vereador de Campo Grande, Eduardo Romero (Rede), é réu em um processo que tramita na 7ª Vara da Infância e da Juventude no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) por suposto crime de estupro de vulnerável. O caso foi registrado da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga em novembro de 2017.

Conforme informações obtidas pelo Correio do Estado, após a denúncia na Depac, o caso foi transferido para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e ficou sob responsabilidade do então delegado titular, Paulo Sérgio Lauretto. Ele não quis dar detalhes do caso, porém, conforme a Polícia Civil, o vereador teria abusado sexualmente de um menino de 13 anos.

De acordo com o registro policial, no dia 12 de novembro a criança foi junto com um tio na casa do vereador para auxiliar o tio no serviço de pedreiro. Ele contou a mãe, que registrou o boletim de ocorrência, que estava no interior da residência passando fios para o tio, que estava na laje, quando o parlamentar chegou.

O vereador teria encontrado o menino sozinho na casa e o levado para outro quarto, onde possivelmente aconteceu o ato e Romero, ainda conforme registro policial, convidou o adolescente para retornar a casa à noite.

A mãe da vítima percebeu que o filho estava com comportamento estranho e arredio, além de reclamações de dores de cabeça, o indagou sobre o que estava acontecendo e, após cinco dias, o menor relatou o ocorrido. A família da vítima foi a casa do vereador questiona-lo sobre o caso e o mesmo negou, porém teria voltado atrás e pedido para conversar. Pessoalmente, ainda conforme registro policial, ele teria confessado a mãe do menor o abuso, alegando que fez o que fez porque estaria sob efeito de drogas.

Após a conclusão do inquérito o caso foi entregue para o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPE-MS), que ofereceu denúncia à Justiça no dia 30 de janeiro de 2018. O promotor responsável pelo caso é o da 68ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, Celso Botelho de Carvalho.

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