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São Paulo é o destino escolhido para a nova temporada de “Lugar Incomum”

Redação
Sem possibilidade de viajar, Didi Wagner redescobre a cidade na qual nasceu

Com a função de viajar os quatro cantos do mundo mostrando belezas, hábitos e fatos inusitados, Didi Wagner sabe da potencial “inveja” que seu trabalho à frente do “Lugar Incomum” desperta.

Feliz de ter encontrado seu espaço na televisão, a apresentadora do Multishow já estava habituada com a rotina de viver de malas prontas esperando o destino da próxima temporada.

Até que a pandemia de coronavírus mudou tudo. Com a vida paralisada ao longo do último ano, uma nova temporada do programa parecia impraticável, até que uma solução caseira surgiu como possível destino: São Paulo.

Foi na capital paulista que o programa nasceu, em 2006.

Tantos anos depois, Didi celebra o poder de renovação da metrópole e acredita que os oito episódios flagram a cidade em um momento importante no contexto da pandemia.

“Já nutria há muito tempo a vontade de explorar mais a fundo a cidade onde eu nasci e moro, desbravar os lugares e as pessoas que fazem São Paulo ser esse lugar tão interessante. Queremos levar esse conteúdo para dentro das casas de todos com a intenção de mostrar que, apesar das dificuldades e tanta tristeza trazidas, a cidade existe e resiste”, destaca.

Gravada ao longo do último mês de maio, a produção da nova temporada teve de ser milimetricamente planejada para respeitar os protocolos de segurança adotados pela tevê, que estão em sintonia com as diretrizes do Governo de São Paulo.

Com uma equipe reduzida, Didi e seus colaboradores tiveram o auxílio de uma empresa de Biossegurança, que ficou de olho nas locações escolhidas e no respeito a todos os procedimentos.

“O acompanhamento era diário. Senti que as gravações foram realizadas da melhor maneira possível”, garante Didi, que pode ver de perto todo o preparativo de hotéis, restaurantes e pontos turísticos para voltar a funcionar com público reduzido.

“A cidade continua enfrentando a pandemia e todos tiveram que se adequar para viver suas rotinas, ao mesmo tempo em que é preciso ter cuidado com o coletivo”, ressalta.

Mesmo disposta a mostrar um lado diferente da “Paulicéia”, Didi e os roteiristas do “Lugar Incomum” decidiram não “reinventar a roda”.

Exibindo uma São Paulo mais diurna, que contrasta com o talento da cidade para as baladas e eventos da noite, foi em um endereço conhecido que a equipe gravou um dos episódios mais especiais da nova temporada: a Avenida Paulista.

“As pessoas têm uma relação muito forte com a Paulista. É um símbolo e um personagem muito importante da cidade. No mesmo episódio, visitamos um ponto turístico que eu ainda não conhecia, o mirante do Sesc Avenida Paulista, que tem um visual maravilhoso de toda a região”, indica.

Já que toda temporada do “Lugar Incomum” tem seus perrengues. Nesta edição, a famosa garoa e a inconstância climática da cidade foram os “calos” das gravações.

“O clima estava uma loucura. saía com casaco, daí batia o calor e ficava de camiseta, depois tirava e colocava uma regata, e logo na sequência vinha o frio de novo”, detalha.

Paulistana e moradora de Higienópolis, bairro nobre da região central, a história de Didi com a tevê começou na extinta MTV Brasil, em 2000, onde passou a ser do “casting” fixo e se tornou conhecida a partir de programas como “Supernova” e “Top 10”.

Sem chegar a um acordo para renovar seu contrato, em 2006, ela acabou assinando com o Multishow, onde pode desenvolver sua paixão pela música e por viagens com um orçamento mais robusto.

Aos 45 anos, Didi mantém a jovialidade intacta e é um dos principais nomes do canal na cobertura de eventos como os festivais Rock in Rio e Lollapalooza.

“Tenho uma relação ótima com o canal e adoro saber que muitos gostariam de ter o meu emprego, pois realmente sou apaixonada pelo que faço. Mas nem tudo é só glamour. É que boa parte dos perrengues não aparecem no vídeo”, avisa, entre risos.

Via Correio do Estado

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