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Meio Ambiente

Recuperação do córrego Guariroba beneficia 300 mil pessoas na Capital

Redação

[Via Correio do Estado]

Nesta quinta-feira (19), um programa integrado desenvolvido há oito anos na bacia do Guariroba, curso d’água responsável por metade do abastecimento em Campo Grande, apresentará os resultados desenvolvidos na recuperação e preservação do meio ambiente local e que resultaram em 300 mil pessoas beneficiadas direta e indiretamente na bacia hidrográfica.

O evento acontecerá no auditório do Sindicato Rural de Campo Grande, das 8h30 às 12h, com apresentação dos programas que subsidiaram a ação local, entre eles: Manancial Vivo, Produtor de Água, Água Brasil, Associação de Recuperação Conservação e Proteção da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) e IIRD Gestão Ambiental.

O secretário municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, José Marcos da Fonseca, destaca os incentivos da administração municipal destinados ao Programa:

“A Prefeitura oferece o apoio necessário para o desenvolvimento das ações. Somente em 2017 foram pagos R$ 655.829,60 pelos serviços ambientais prestados. O produtor rural da região que adere ao programa e realiza as intervenções necessárias também se torna um produtor de água", observa.

APTIDÃO LOCAL

A bacia do Guariroba possui mais de 36 mil hectares de terra, com 64 propriedades rurais que tem como principal atividade econômica a pecurária de corte extensiva em pastagens exóticas. Devido ao sistema desenvolvido e a histórica falta de orientação quanto às práticas conservacionistas ambientais, a bacia possuia extensas áreas de degradação, com severo processo de assoreamento do córrego e reservatório.

Com a implantação do programa Manancial Vivo, criado pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da Semadur, em novembro de 2010, foi possível diagnosticar e propor ações necessárias para recuperação e conservação da região, tão importante para o abastecimento de água potável em Campo Grande.

A partir de então foram iniciados os trabalhos na bacia com o apoio do programa Água Brasil (parceria entre Banco do Brasil, WWF-Brasil, Agência Nacional de Águas e Fundação Banco do Brasil), que passou a atuar na bacia engajando os produtores para a recuperação da bacia em áreas de preservação, como Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal, além da conservação de áreas produtivas, com adoção de práticas de conservação de água e solo, sendo os produtores contemplados com Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) ao adotarem as práticas recomendadas.

PRIMEIROS RESULTADOS

Entre 2010 e 2015 foram recuperados 107 hectares, terraceamento de 1.692 hectares, conservação de 1.079 hectares, além de 89 mil mudas de espécies nativas plantadas. Com relação a adesão dos produtores rurais, 23 pecuaristas aderiram à práticas sustentávis de produção e 15 já recebem Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) desde 2013.

Em Campo Grande, o benefício aconteceu por meio do aumento da oferta de abastecimento água, com mais 41 mil pessoas.

SERVIÇO

O evento acontecerá na quinta-feira (19), das 8h30 às 12h, no auditório do Sindicato Rural de Campo Grande. O endereço é Rua Raul Rosa Pires, n. 116, Miguel Couto. Confira a programação:

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