Voz do MS

Geral

Quer saber se seu CPF foi usado por terceiros?

Redação
Mais de 223 milhões de brasileiros tiveram seus dados vazados nas últimas semanas

Nas últimas semanas vazamentos de dados de de mais de 223 milhões de brasileiros surpreendeu a todos. Considerado o maior episódio do tipo já ocorrido no país, as informações foram expostas na internet, abrindo caminho para golpes virtuais.

Golpes realizados por criminosos após o vazamento dos dados, simulavam falsas contas de telefone e de televisão por meio do e-mail.

No entanto nesses casos a pessoa pode entrar diretamente no site da empresa prestadora de serviço e descobrir a real situação.

Outros golpes podem trazer prejuízos reais, como aqueles em que terceiros utilizam de seus dados para para abrir contas bancárias, chaves Pix e fazer empréstimos.

Para estas situações o Banco Central (BC), desenvolveu um sistema para proteger o cidadão de fraudes, o Registrato, que oferece informações da pessoa com instituições financeiras, permitindo que esta saiba como anda sua vida financeira e todas as ações executadas.

A ferramenta apresenta informações como, a abertura de contas bancárias, dívida e envios de dinheiro para o exterior.

Confira como se cadastrar

  • O cidadão deve credenciar-se no site do Banco Central. É preciso fornecer CPF, data de nascimento e primeiro nome da mãe.
  • No mesmo site, o usuário deve informar um banco em que tenha conta para validar o cadastro. O Banco Central comparará as informações prestadas com a base de dados da instituição financeira.
  • O sistema fornecerá uma frase de segurança, que precisa ser copiada.
  • O usuário deverá abrir, em outra aba do navegador, o site do banco informado anteriormente.
  • Na página do banco, basta buscar pela opção “Registrato” e colar a frase de segurança. O sistema pedirá a senha de seis dígitos da conta corrente. Caso não faça o procedimento em até 48 horas, o cliente deve gerar uma nova frase de segurança no site do BC.
  • Após validar a frase de segurança no site do banco, o usuário deve retornar ao site do BC e concluir o cadastramento, clicando no botão “Próximo”.
  • No site do BC, o cliente deve digitar novamente o CPF, a frase de segurança e selecionar a instituição financeira. Em seguida, a página pedirá para informar um endereço de e-mail e criar uma senha de oito dígitos.
  • Basta rolar a página e clicar no botão “Concluir credenciamento”. Caso o procedimento dê certo, aparecerá uma janela pop-up com a opção “Acessar Registrato”.

Como realizar a consulta

  • Concluído o cadastro, o cidadão pode entrar no site do Registrato e consultar o histórico de relacionamento com instituições financeiras. Basta usar o CPF e a senha criada anteriormente para fazer o login.
  • A página do Registrato oferecerá as opções “Meus endividamentos”, “Meus relacionamentos financeiros” e “Minhas operações de câmbio”. Em cada um desses painéis é possível gerar um relatório.
  • É preciso aceitar os termos de responsabilidade em cada painel. A tela exibirá todos os relatórios gerados nos últimos seis meses.
  • Se o cliente quiser, pode baixar o relatório de operações cambiais em arquivo PDF, mas o arquivo leva até dois dias úteis para ser oferecido pelo Registrato.

Vazamento dos dados e comercialização

Mais de 223 milhões de brasileiros tiveram seus dados vazados , informações pessoas como nome completo, CPF entre outros. Disponíveis na Internet para compra, o vazamento coloca em risco a privacidade e segurança da população. Além de documentos, o vazamento inclui informações detalhadas de 104 milhões de veículos e cerca de 40 milhões de empresas.

Sobre os carros, questões como número do chassi, placa, município e até cor foram divulgados. No caso dos empreendimentos, dados como CNPJ, razão social e razão social estão espalhados.

A Psafe confirmou que dados do presidente Jair Bolsonaro estavam inclusos no vazamento, com informações como número de celular, valor da conta telefônica, minutos gastos por dia, CPF e data de nascimento.

Os mesmos dados da apresentadora Fátima Bernardes também estariam disponíveis, além do jornalista William Bonner. A PSafe não confirmou se existem dados de outras autoridades no pacote.

Fora do Brasil, o criminoso estaria vendendo as informações individualmente ou por pacotes, inicialmente ao valor de US$ 1 cada, mas com preços ainda menores se os dados fossem adquiridos em grande quantidade.

O hacker ainda afirmou à empresa de cibersegurança que possui informações de 57,2 milhões de contas telefônicas da Vivo e de 45,6 milhões de contas da Claro.

A PSafe também informou que vai entrar em contato com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para que uma investigação sobre o caso seja conduzida.

 

Via Correio do Estado

Comentários

Últimas notícias