Pesquisa sugere desaceleração das infecções pelo novo coronavírus no Brasil
Pesquisa sugere que o contágio pelo novo coronavírus está em desaceleração no país. A quarta fase da Epicovid-19 aponta que o porcentual de brasileiros que apresentam anticorpos contra a doença caiu de 3,8% em junho para 1,4% em agosto após análises em 33.250 participantes de 133 cidades.
Não há informações se algum município de Mato Grosso do Sul fez parte da coleta, conduzida pela Universidade de Pelotas.
A Epicovid é uma pesquisa de soroprevalência, usada para medir o avanço de determinadas doenças na sociedade. Ela consiste basicamente em testes rápidos, que detectam os anticorpos produzidos pelo organismo.
Em maio, quando foi realizada a primeira fase, os resultados foram positivos para 1,9% dos voluntários. Em junho, o porcentual subiu para 3,1% e em agosto, fechou em 3,8%.
DÚVIDAS
Como a Covid-19 ainda é uma doença nova, há muitas incógnitas sobre ela, principalmente por quanto tempo dura a proteção.
Os cientistas responsáveis pela Epicovid acreditavam que, a exemplo da infecção causada pelo coronavírus antigo, os anticorpos permaneciam durante muto tempo no corpo, porém, a queda após a rodada de análises de agosto derrubou a hipótese, já que menos pessoas apresentaram resposta imune.
Isso quer dizer que a pesquisa não consegue estimar quantas pessoas já pegaram a doença, mas pela queda na quantidade de resultados positivos, nota-se que o número de infectados recentes está caindo.
CHAVE
Uma pesquisa feita na Islândia recentemente pode ajudar a explicar por que isso aconteceu. Os cientistas notaram uma queda na resposta imune de pacientes infectados, mas depois descobriram uma segunda onda de proteção mais estável que começa entre um e dois meses após o contágio.
Também foram testadas e acompanhadas mais de 30 pessoas com diagnóstico positivo naquele país.
Apesar de promissores, cientistas brasileiros fazem algumas ressalvas, já que foi realizado dentro de um cenário específico. É preciso saber como foi realizado o isolamento e como foi a circulação da Covid na ilha.
Via Correio do Estado