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Para Nelsinho, Mandetta deve ficar onde está por responsabilidade com o País

Redação

Em fase de recuperação da infecção pelo novo coronavírus COVID-19, o senador Nelsinho Trad (PSD) falou sobre a polêmica em torno do primo, o ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), e defendeu a permanência dele à frente do Ministério da Saúde mesmo ferindo os interesses da economia e até do Governo.

“Se eu sei que eu tô fazendo a coisa certa, como eu sei que ele sabe que está, eu acho que ele tem que ficar no lugar dele, onde ele está. Até porque ele tem uma responsabilidade para com o País”, afirmou o senador sul-mato-grossense ao Jornal Midiamax.

Para Nelsinho, o ministro da Saúde deixar o cargo em meio a uma pandemia seria muito pior. A avaliação é feita mesmo tendo ciência das dificuldades enfrentadas por Mandetta junto ao Governo Federal diariamente. Enquanto ele orienta o isolamento, o presidente determina a retomada do comércio. Se Mandetta aparece em coletiva orientando as pessoas a ficarem em casa, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é visto no mesmo dia circulando pelo comércio sem seguir as recomendações.

“Se você for fazer um retrospecto, tudo o que ele previu que ia acontecer, está acontecendo. Ele sempre foi muito realista nas coisas dele e isso fere interesses da economia, fere interesses do próprio Governo”, pontuou Nelsinho reforçando a permanência, mesmo diante das dificuldades enfrentadas no ministério.

Critérios técnicos

Nelsinho diz já ter enfrentado três epidemias ao lado do primo, quando era prefeito de Campo Grande e Mandetta secretário municipal de Saúde. “A dengue em 2006, quando Campo Grande toda pegou dengue, inclusive eu; leishmaniose que nós saímos sacrificando tudo quanto é tipo de animal; e a da Sars, que é a da Síndrome da Insuficiência Respiratória Aguda que é aquele H1N1. E todas as vezes ele ia numa linha científica”, relembrou.

Conforme o senador, Mandetta é essencialmente técnico. “Não tira nada de achismo. Todas essas medidas que ele está passando são embasadas em comunidades científicas do mais alto conceito universal. E ele não arreda o pé da linha da ciência”, pontuou. Ele também defende que as medidas propostas não saíram da cabeça do ministro, mas de um colegiado. “É a função dele fazer isso. Inclusive fazer previsões”, afirmou, sobre o conceito de que se está no início da pandemia e o pico deve ocorrer mais à frente.

Via Midiamax

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