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Novo Mapa do Feminicídio, edição 2021, contará com novos indicadores da violência contra a mulher

Redação

A subsecretaria de Políticas de Públicas para a Mulher, do Governo do Estado, em parceria com a Secretaria de Governo e Secretaria de Justiça Pública, definiu a atualização do Mapa do Feminicídio, edição 2021, que deverá ser lançado no dia 1º de junho.

Luciana Azambuja ressalta que mudanças do Mapa do Feminicídio são importantes para direcionamento de ações

A discussão sobre os indicadores, que podem auxiliar em uma análise mais assertiva em relação aos casos de feminicídio no Estado, foi conduzida pela subsecretária Luciana Azambuja e contou com a colaboração do perito criminal, representando o Instituto Médico Legal, Eduardo Carvalho de Almeida, da delegada titular da DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) de Dourados, Paula Ribeiro e com a delegada que atua na DEAM de Campo Grande, Maíra Pacheco Machado.

Entre os pontos levantados como pertinentes e, portanto, que devem ser incluídos no próximo levantamento, estão a inclusão de elementos contundentes (fogo, asfixia, etc) como instrumento específico de agressão e, consequentemente, assassinato; a objetificação do corpo feminino; etnias; análise de crimes sexuais, entre outras informações importantes.

“Vamos apresentar a análise dos 39 casos de feminicídio ocorridos em 2020, com evidências e com base em estatísticas reais, para então formularmos políticas públicas de prevenção às mortes violentas de mulheres. Com esse incremento de informações, poderemos adotar medidas mais eficientes de combate e de prevenção”, ressalta a subsecretária, Luciana Azambuja.

Durante a reunião de trabalho, o coordenador do Imol, Eduardo Carvalho de Almeida, acrescentou que o detalhamento do crime, pode ajudar a traçar um perfil dos casos ocorridos. “Se pudermos especificar a parte do corpo atingida no crime, por exemplo, nos dará a ideia clara da objetificação do corpo feminino, importante informação para o Mapa do feminicídio”.

Entre os detalhes analisados, a delegada Maíra ressaltou que crimes sexuais precisam de análise para o estudo, assim como outros elementos, destacando ainda o relevante trabalho de perícia para elucidação dos casos. “Assim como é de fundamental importância a conservação do local do crime”.

Por último, a delegada Paula deu ênfase ao combate ao que é chamado de ciclo da violência, que resultado em mortes e aumento da violência. “O ciclo da violência dura, em média dez anos. Muito tempo e, como uma vez uma vítima me disse: a gente fica com o marido violento até a hora que ele bate em nossos filhos, daí damos uma vasta”, a análise da delegada mostra um período muito longo de violência e que pode terminar na morte da mulher agredida.

Clique aqui e acesse o atual Mapa do Feminicídio, edição 2020.

Via Governo do Estado

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