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No sertão sergipano, a grandiosidade da paisagem convida a um belo passeio

Redação

[Via Correio do Estado]

No semiárido do sertão do Sergipe, onde o estado faz divisa com Alagoas, existe um cenário de beleza ímpar, muito procurado por turistas que desejam entrar em contato com a natureza, cujo cenário é composto pelas esverdeadas águas do Rio São Francisco e pelos paredões rochosos que formam o Cânion do Xingó  – considerado o quinto maior cânion do mundo –, próximo a Canindé do São Francisco (SE) e da cidade de Piranhas, em Alagoas.

A região recebe milhares de turistas na alta temporada (dezembro a março) e já se tornou um dos passeios mais procurados – e depois recomendado – por turistas que visitam Aracaju. A capital sergipana está situada a cerca de 200 quilômetros de distância de Canindé de São Francisco, a cidade mais próxima do cânion, com 26 mil habitantes e que chega a ter uma das maiores arrecadações do estado, em função da hidrelétrica de Xingó, uma das mais modernas do mundo.

A visitação é permitida de terça a domingo, das 8h às 11h e das 14h às 17h. Da capital até lá, são 3 horas de viagem.

A partir de Canindé começa o passeio, mais especificamente no restaurante flutuante Karranca’s, instalado no Dique 2, com toda a infraestrutura para receber o viajante (não deixe de provar as deliciosas Moqueca de Pitu e Farofa de Manteiga). De lá saem catamarãs e escunas que levam os turistas para esta incrível experiência. O passeio para percorrer os 62 quilômetros de extensão do cânion dura três horas e meia, sendo uma hora na parada para banho.

Navegar entre os paredões rochosos é algo inesquecível.

São vales grandiosos, formando um desfiladeiro de granito avermelhado e cinza, de 50 metros de altura, circulando um lago que, em alguns pontos, atinge até 170 metros de profundidade, com extensão de 65 quilômetros e largura que varia de 50 a 300 metros.

Uma das primeiras visões que impressionam é a da imponente Pedra do Gavião (antiga Torre das Cabras), formação rochosa que recebeu esse nome porque seu topo tem formato que lembra a cabeça da ave. Além dela, pode-se avistar o Morro dos Macacos, assim denominado porque, antes do enchimento do reservatório, um bando de macacos-prego frequentava o lugar e costumava jogar pedras nos visitantes.

Outra visão é da Pedra do Japonês, assim chamada porque sua forma no topo lembra um símbolo oriental. No primeiro estreitamento do cânion, a imagem de São Francisco aparece numa reentrância entalhada num dos paredões, cujo acesso é feito por uma escada de metal. Ninhos de garças e ilhas fluviais completam o espetáculo.

A vegetação de caatinga rasteira, com fauna rica e variada, pelas inúmeras espécies de répteis, aves e insetos, completa o cenário, transformando o lugar numa das maiores riquezas do Brasil. As rochas guardam vestígios dos primeiros habitantes da região, que ali viveram há mais de nove mil anos.

O calor está presente o ano todo, mas o vento que sopra de dezembro a janeiro torna a temperatura bastante agradável, e entre os meses de maio e agosto, chove com muita frequência.

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