“Não posso desonrar contratos”, diz Trad sobre reajuste da tarifa
[Via Correio do Estado]
O prefeito de Campo Grande, Marcos Marcello Trad (PSD), afirmou nesta quinta-feira (6), que não pode interferir em um contrato legal, aprovado por órgãos de controle (OAB, Ministério Público e Tribunal de Contas) e que foi assinado em período anterior a sua gestão, referindo-se aos termos de reajuste anual da tarifa de transporte coletivo, fixado em 6,76% em 2018.
"O documento foi aprovado em 2012, com vigência de 20 anos, reajuste anual e revisão de cinco em cinco anos. Não posso desonrar o contrato ou descumpri-lo, está fora da minha alçada como prefeito. Além disso, os índices foram examinados e aprovados por um corpo técnico e votado por um conselho, do qual faz parte o fórum dos usuários de transporte coletivo", argumenta o chefe do Executivo municipal.
Trad esclarece que desde o início da atual administração os reajustes anuais foram de 4,23% em 2017 e 6,76% para 2018, os menores desde 2014, segundo ele.
"Os fatores que influenciam no percentual de aumento são o aumento do óleo diesel, reajuste dos motoristas, Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e as condições da frota de ônibus em atividade", pontua. Em 2014 o aumento foi de 11,11%, em 2015 chegou a 8,33% e em 2016 o índice foi de 9,23%.
Ainda de acordo com o chefe do Executivo Municipal, seria irresponsabilidade de sua parte dizer que não aceitaria o aumento e adotar uma atitude populista em relação a situação.
"Se eu tomasse posição contrária seria cômodo para mim, no entanto, extremamente irresponsável. O consórcio entraria com uma ação na justiça e ganharia por liminar, e sabe o que significa isso? Improbidade administrativa já que posso somente questionar o contrato e não descumpri-lo", destaca.
Outra informação divulgada por Marcos Trad é que a frota do consórcio Guaicurus é de 568 ônibus, dos quais 513 estão em circulação. Sobre pontos de ônibus, existem quase quatro mil em Campo Grande, no entanto, há uma defasagem de coberturas em 1.300.