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Justiça

Lutador que matou hóspede em hotel espera há três meses transferência para SP

Redação

[Via Correio do Estado]

O lutador de jiu-jitsu, Rafael Martinelli de Queiroz, de 29 anos, que espancou até a morte o engenheiro eletricista Paulo Cezar Oliveira, de 48 anos, espera desde o dia 4 de julho a autorização de transferência do presídio de Campo Grande para os centros de reabilitação de São Paulo. Condenado a 10 anos de prisão, o mesmo tenta vaga em Birigui ou Araçatuba.

No dia 18 de maio de 2015, Rafael matou Paulo dentro de um hotel de Campo Grande, após invadir o quarto da vítima atrás da namorada. O casal viajou para participar de campeonato de lutas que era realizado no ginásio do Círculo Militar.

Conforme apurado, o autor saiu do quarto transtornado procurando pela namorada e batendo de porta e porta. Paulo, sem imaginar o que poderia acontecer, abriu a porta e foi surpreendido pelo agressor, sendo espancado até a morte com golpes de cadeira.

De acordo com autos do processo, o lutador é natural de Araçatuba e quer, de preferência, cumprir a pena no centro de reabilitação da cidade. O pedido de vaga foi direcionado para o Secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Lourival Gomes, mas ainda não teve retorno.

Nesta quinta-feira (26) o poder judiciário de Mato Grosso do Sul anexou ao processo uma certidão informando que ainda não obteve resposta do governo paulista.

A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do secretário, mas as ligações não foram atendidas.

Briga

Recentemente Rafael se envolveu em uma briga com  o líder do grupo de extermínio do Danúbio Azul, Luiz Alves Martins Filho, 50, o Nando. A dupla trocou agressões durante banho de sol no Complexo Penitenciário.

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) instaurou no dia 10 de outubro procedimento administrativo interno para apurar o caso.

Condenação

Rafael foi levado a júri popular no último dia 27 de abril, oportunidade em que foi condenado há 15 anos de prisão - pena mínima para crimes de homicídio.

Na ocasião, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida considerou o laudo que apresenta Síndrome de Borderline e, por isso, reduziu a pena em um terço, para dez anos, partindo do princípio da semi-imputabilidade. Ou seja, por conta da condição, não seria totalmente capaz de responder por seus atos.

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