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Economia

Indústrias exportaram US$ 3,34 bilhões

Redação

[Via Correio do Estado]

Um levantamento do Radar Industrial da Fiems mostrou que entre os meses de janeiro a novembro deste ano o volume de exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul somou US$ 3,34 bilhões. O número indica alta de 21% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o valor foi de US$ 2,77 bilhões.

O crescimento foi alavancado pelos grupos Celulose e Papel, com alta de 87%, Óleos Vegetais, com elevação de 76%, Alimentos e Bebidas, com expansão de 22%, e Extrativo Mineral, com avanço de 11%, no mesmo período avaliado.

Ezequiel Resende, coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, fala que na comparação de novembro de 2018 com novembro de 2017, a crescimento foi de 30%, saltando de US$ 283,80 milhões para US$ 370,14 milhões.

“Esse foi o melhor resultado para o mês de novembro e o 2º melhor da série histórica das exportações industriais de Mato Grosso do Sul. Quanto ao volume exportado, na comparação mensal, teve aumento de 16%, enquanto no ano foi registrado avanço de 3%”, analisou.
Segundo o economista, em novembro, a indústria respondeu por 80% de tudo que Mato Grosso do Sul exportou no período.

“No acumulado do ano, as indústrias do Estado foram responsáveis por 63% de tudo que Mato Grosso do Sul comercializou para o exterior”, comparou, apontado como principais destaques os grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Açúcar e Etanol” e “Couros e Peles”, que, somados, representaram 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.

Grupos com maiores receitas

A receita do grupo “Celulose e Papel” cresceu 87% este ano, chegando a US$ 1,70 bilhão,  comparado com a somatória de janeiro a novembro de 2017, dos quais 97,4% foram obtidos apenas com a venda da celulose (US$ 1,74 bilhão), tendo como principais compradores China, com US$ 960,3 milhões, Itália, com US$ 197,8 milhões, Holanda, com US$ 162,9 milhões, Estados Unidos, com US$ 118,9 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 45,6 milhões.

“Atualmente o mercado global de celulose passa por um momento positivo, na onda da recuperação econômica dos Estados Unidos e Europa. O ciclo do aumento de preços deve durar até 2019, uma vez que o crescimento da demanda é linear, enquanto a oferta não acompanha o mesmo ritmo. Essa constatação tem movimentado bastante o mercado brasileiro. Neste ano tivemos duas importantes notícias no segmento: a aquisição da Fibria pela Suzano e da Lwarcell pelo grupo Royal Golden Eagle (RGE), dono da April. Assim, neste e no próximo ano, as exportações de celulose deverão se manter em crescimento”, analisou Ezequiel Resende.

“Os resultados da SECEX/MDIC relativos às exportações de carnes in natura de novembro de 2018 mostram queda generalizada dos embarques em relação ao mês anterior, outubro – algo que podia ser esperado, pois novembro teve dois dias úteis a menos. Em contrapartida, porém, o preço médio das três carnes (bovina, suína e aves) aumentou em comparação ao mês anterior. Mas não o suficiente para impedir queda da receita”, ressaltou o economista.

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