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Economia

Greve dos caminhoneiros afeta estoques de distribuidoras do Estado

Redação

[Via Correio do Estado]

Além de provocar corrida de consumidores aos postos de combustíveis, paralisação dos caminhoneiros também afeta a escala de abastecimento das distribuidoras de gasolina, diesel e etanol de Mato Grosso do Sul. Enquanto em algumas companhias a solução é priorizar produtos para clientes de primeira necessidade, outras estão com estoques retidos e sem condições de enviar combustível para os postos na Capital e no interior por causa dos bloqueios em rodovias.

“Estamos no olho do furacão. Aqui não sai nem entra nenhum caminhão, os caminhões que vêm de Paulínia (SP) não chegam e quem ainda estava com estoque no interior do Estado vai ficar sem produto em breve”. Assim a coordenadora comercial da Taurus Distribuidora em Campo Grande, Márcia Coninck, define a situação dos 80 postos da rede, ao quarto dia da paralisação dos caminhoneiros em Mato Grosso do Sul.

Como a distribuidora fica situada na BR-163, próxima ao principal ponto de bloqueio dos profissionais na Capital, desde segunda-feira nenhum caminhão de combustíveis passa pela rodovia.  “A tancagem de postos é de 15 mil litros, suficiente para dois a três dias, e já estamos no quarto dia de paralisação”, lembrou.

A Taurus conta com 80 postos em Mato Grosso do Sul, sendo oito de bandeira própria na Capital, mas por enquanto a empresa não contabilizou em quantos estabelecimentos o estoque já acabou. “Há postos em que acabou a gasolina, mas ainda há etanol ou diesel”, deu como exemplo.

Em relação ao desabastecimento, comentou, não há o que fazer a não ser aguardar as próximas medidas do governo. “Esperamos que reverta em benefício de todas as categorias”, completou.

PRIORIDADE

Nilton Luiz, gerente de uma revendedora de óleo diesel e lubrificante da Capital, também confirma o risco de desabastecimento. “Trabalhamos com clientes de médio porte e pequenos também, como empresas de ônibus, hoteis. Fazemos entregas em propriedades rurais, mas agora não temos como atender, porque as estradas estão fechadas”, comentou.

Na cidade, explicou, a clientela é formada principalmente por supermercados, hoteis, obras, empresas de transporte e ônibus, no entanto, diante do cenário atual foi preciso fazer remanejamento. “Tivemos que racionar para os clientes de primeira necessidade, como hospitais, por exemplo, desde segunda-feira. Então teremos estoque de 10 a 15 dias para eles. Empresas de transportes, de ônibus, tudo isso também vai parar e teremos que tirar o pé e esperar. Vai chegar um momento em que vai acabar o produto”, reconheceu.

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