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Demanda por gás natural no Estado já aumentou neste ano

Redação

[Via Correio do Estado]

O aumento de demanda, que no edital de abertura de mercado da Transportadora do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) está projetado para ocorrer em 2022, já foi registrado neste ano, indica a Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul (MSGás). A estatal atualmente distribui 2,232 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural no Estado, entre térmico (1,654 milhão de m³/dia) e não térmico (578 mil m³/dia).

No edital de abertura do mercado, que já tem 18 empresas inscritas e do qual o processo será concluído no próximo mês de dezembro, a projeção é de que a saída de gás natural de Mato Grosso do Sul salte, em 2022, de valores contratuais de 95 mil m³ para 2,2 milhões de m³.

Daqui dois anos, Mato Grosso do Sul deve registrar salto relevante no consumo de gás natural e dobrar o volume distribuído do produto dentro de três anos, após entrar em operação e gradativamente ampliar a demanda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 (UFN3), empreendimento situado em Três Lagoas e atualmente na reta final de negociações para ser repassada pela Petrobras à iniciativa privada.

“A MSGás continua com crescimento expressivo, mas em mercados menores – no segmento doméstico, no comercial, no qual conseguimos aumentar bastante nos últimos anos. No industrial, não há perspectiva de nenhum grande empreendimento vindo, seja em Campo Grande, seja em Três Lagoas, onde há a térmica Luís Carlos Prestes, ou de aumento expressivo na demanda, por parte de alguma empresa de grande porte já instalada. Há uma expectativa sobre fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo, mas isso ainda não está totalmente formalizado. Assim, para os próximos cinco anos, o único fato de altíssima relevância é a UFN3, entre os anos de 2022 e 2023”, explicou o diretor técnico comercial da MSGás, Bernardo Prates.

CHAMADA PÚBLICA

Além disso, informou o representante da companhia, a MSGás também está em meio à chamada pública para a compra do gás natural (em moléculas) e recentemente avançou no processo, com a seleção de quatro grandes empresas interessadas em se tornarem supridoras.

“Nesse processo, vislumbrou-se a possibilidade de a MSGás fazer a saída do transporte do gás, do gasoduto da TBG. Em princípio, nessa chamada pública, ela [companhia] consegue o gás já no sistema. Porém, o entendimento é de que a MSGás também precisa estar habilitada se, eventualmente, quiser retirar o gás do Gasbol”.

Para isso, a empresa inscreveu-se no fim do mês passado na chamada pública de transporte da TBG, que tem como objeto a contratação da capacidade de transporte disponível pelo carregador habilitado junto à transportadora, na modalidade de “serviço de transporte firme”.

“O contrato atual, com a Petrobras, vai até junho de 2022 e a nossa expectativa é de iniciar o processo de compra no fim do primeiro semestre de 2020”, informou.

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