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Conheça o cinema ao livre que tem sessões a meia-noite

Redação

[Via Correio do Estado]

A programação do cinema em Mato Grosso do Sul segue uma tendência mundial, com a exibição de grandes produções internacionais e nacionais – os denominados blockbusters ou filmes arrasta-quarteirão. Na contramão desse processo, os cineclubes do Estado investem em eventos diferentes, com exibições à meia-noite e produções que fogem da rota convencional de distribuição.

O cineasta Givago Oliveira desenvolveu, ao lado de amigos e profissionais da área, o Cineclube TransCine, que desde 2012 investe na exibição de filmes produzidos em Mato Grosso do Sul ou no Brasil. “O cineclube não tem uma data fixa para a realização dos eventos porque não temos estímulo, não tem patrocínio. Mas sempre tentamos levar os filmes para as ruas. Hoje, são quatro pessoas que participam da organização, além de parceiros como o Teatro Imaginário Maracangalha e o Bar Coringa”, explica.

O cineclube é responsável pelo evento Cine da Meia-Noite, que exibe filmes neste horário em diferentes pontos da cidade. Desta vez, serão apresentados quatro produções ao público, no sábado (10), no Boteco do Coringa. “Na década de 1960, existia esse movimento que os filmes eram vistos à meia-noite, em drive-in; por isso a inspiração”, indica. Sobre a experiência, Givago diz que em cada lugar é uma realidade. “Já fizemos muitas exibições na rodoviária e em cada lugar é uma linguagem. Normalmente, escolhemos filmes sobre violência urbana, questões de gênero”, cita.

Ao todo, já foram sete ações do TransCine, com a exibição de 40 filmes e público estimado em seis mil pessoas. Dessa vez, serão exibidos “Solidão e Meia”, do diretor Helton Pérez, “Vidiculo”, de Givago Oliveira e Mariana Sena, “Teaser Oficial do Documentário T’amo”, de Givago Oliveira, e “Vidiculo 2 THI”, de Givago Oliveira e Mariana Sena. As exibições acontecerão no Boteco do Coringa, localizado na Rua Camapuã, 71, Bairro Amambaí, em frente ao clube União dos Sargentos. A entrada é gratuita.

Iniciativas

Segundo Carolina Sartomen, integrante do Conselho Nacional de Cineclubes, cerca de 20 iniciativas estão em atividade no Estado. “Mas esse dado é de 2017, então podem ter mudanças”, ressalta. Formado por membros da sociedade civil, o conselho fomenta a criação de cineclubes em todo o País e oferece suporte para os integrantes, além de auxiliar na elaboração e difusão de projetos da área audiovisual.

Em Campo Grande, são muitas as iniciativas, sendo uma delas a do Cineclube Marginália, que exibe filmes uma vez por mês no Museu da Imagem e do Som (MIS). “Nosso propósito é exibir filmes que não sejam blockbusters. Na cidade, os cinemas são os de shoppings, que tem o costume de exibir filmes comerciais, atualmente restringidos a Marvel e Disney”, explica o servidor público Patrick Pinto.

O primeiro filme será “A Promessa”; o segundo, “Rosetta”; e o terceiro, “A Criança”, sendo os dois últimos vencedores da Palma de Ouro.

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