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Chuva transforma rua em rio de lama no Jardim Monte Alegre

Redação

[Via Correio do Estado]

Chuvas constantes que atingem Campo Grande têm deixado um rastro de destruição por toda a cidade. Casas alagadas, árvores ao chão, ruas danificadas, pontes quebradas estão entre os problemas que o campo-grandense tem que enfrentar desde segunda-feira (11), quando os temporais começaram.

A rua Rio Oranges, no Jardim Monte Alegre, é uma das que tem problemas com o escoamento de água quando há chuva no local. Conforme o coordenador de Logística Alex Ribeiro, de 28 anos, que mora há dois anos no bairro, a água escorre de uma das avenidas da região.

“Somos todos prejudicados, pois sair de moto é muito arriscado devido ao barro, a enxurrada e as pedras. Sair a pé também é complicado, pois as pessoas correm riscos de se machucar, de contrair alguma doença devido ao contato com a água suja”, contou ele ao Correio do Estado.

Além disso, a via, que não é asfaltada, e as ruas do entorno são linhas de ônibus e há pontos sem cobertura e sem estrutura para os passageiros. “ Há alguns anos estamos sofrendo com isso. Quando chove é um barro e quando está sol o problema é a poeira.” disse o morador.

Outro morador do bairro, o aposentado Ricardo Tavares Oaquim, de 53 anos, disse que o Executivo Municipal já fez alguns serviços, mas que não foram suficientes. “A única providência paliativa que a Prefeitura faz de vez em quando é patrolar. Mas a água vem do [Jardim] Botafogo, passa pela nossa rua fazendo valas e buracos e forma um rio desaguando na Rua da Divisão”, contou ele.

Para a esposa de Ricardo, a também aposentada Cláudia Tibúrcio, de 56 anos, as valas que formam por causa da água são o maior problema. “A rua vira um rio e fica difícil desviar dos buracos e com isso ‘ferramos’ nossos carros. Quando está sol ótimo, pelo menos sabemos onde tem buraco”, brincou ela, em meio a situação de degradação da via.

OCORRÊNCIAS

De acordo informações do Corpo de Bombeiros, no período de 11 a 14 deste mês foram atendidas 15 ocorrências referente a queda de árvore. Dentre elas, queda de árvore em muro e nas vias públicas, no bairros São Francisco, Centro, Tiradentes, Parque do Lageado, Moreninhas, Jockey Club, Estrela Dalva, Mata do Jacinto, Jardim Centenário, Caiçara, Universitário, Cidade Morena, Vila Olinda e Nova Lima.

Também foram feitos três esgotamento de residências que foram alagadas, nos bairros Santo Antônio e Vila Popular.

MORADORES ILHADOS

No Bairro Chácara dos Poderes, morador gravou a situação da rua não asfaltada que se transformou em um rio e carros ficaram atolados. “Sempre quando chove a rua fica assim, estava indo trabalhar e levar meus filhos na escola, estamos presos na estrada, faz 10 anos que essa rua não tem manutenção, deviam passar cascalhos três vezes ao ano”, disse.

Ainda no bairro, outro morador registrou a outra extremidade do bairro. “Olha esse rio na porta da minha casa, eu não posso sair para ir trabalhar hoje por causa disso, mas eu tenho carro e não barco”, registrou.

Luciano é morador do Jardim Aero Rancho e disse que a Rua da Divisão, que divide o bairro com o Jardim Parati se tornou uma lagoa e os carros estão tendo dificuldade para passar na rua que é constantemente movimentada. “Queremos que o prefeito e o secretário de obras olhe para o bairro e principalmente para a Rua da Divisão, o bueiro é entupido e não tem como a água escoar, isso já faz 15 anos, precisamos de uma solução”, contou.

Em outra parte da cidade, na Avenida Rádio Maia, na Vila Popular, a água invadiu casas e estragou móveis e pertences dos moradores. Foi o caso da diarista, Rosana da Silva, de 42 anos, que mora há um ano na Avenida e disse nunca ter passado por isso. Pega de surpresa pela água, ela acordou às 4h30 e a enxurrada já havia tomado toda a casa. Ela perdeu tudo, desde colchão a comida que estava no armário.

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