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Polícia

Camelódromo é destino final da maioria de celulares roubados

Redação

[Via Correio do Estado]

Operação que mirou a revenda de produtos roubados no Camelódromo em Campo Grande foi desencadeada após o serviço de inteligência da Polícia Civil constatar que a maioria dos celulares furtados ou roubados na Capital tinham como última localização o centro comercial. Uma pessoa foi presa na ação, realizada na manhã desta terça-feira (21).

Conforme o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubo e Furto (Derf), Reginaldo Salomão, o fato dos celulares “desaparecerem” do rastreamento dentro do Camelódromo levantou suspeitas e, inicialmente, a ação foi para orientação aos comerciantes.

Um homem foi preso porque havia contra ele mandado de prisão em aberto e quatro motocicletas, que estavam estacionadas em frente ao centro comercial e com a documentação irregular, foram apreendidas.

Ainda segundo o delegado, muitos crimes de latrocínio que acontecem na Capital tem relação com celular e o objetivo é coibir a revenda destes aparelhos produtos de crime. “Cerca de 90% dos roubos são de celular e normalmente as vítimas são adolescentes e mulheres”, disse Salomão.

Todos os vendedores que têm bancas relacionadas aos aparelhos receberam orientações dos policiais e foi repassado a eles um canal, onde eles podem repassar fotos e informações de quem levar celulares ou peças furtadas.

Na operação foi constatado ainda que muitos celulares são vendidos nos boxes sem nota fiscal, da mesma forma que para peças e demais produtos não é fornecida a nota. Essas constatações serão repassadas para a Receita Federal para as providências cabíveis.

Participaram da ação quatro delegados, 40 investigadores, seis escrivães, 25 guardas municipais e três fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur). Ação semelhante será realizada em outros dois pontos da Capital, que não foram divulgados para não atrapalhar os trabalhos.

Além da Derf, que comandou a operação, houve apoio da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos de Veículos (Defurv) e Delegacia de Homicídios.

A operação foi batizada de Martin Cooper, em referência ao engenheiro eletrotécnico e designer norte-americano, considerado o pai do telefone celular.

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