Acadêmicos vão até assembleia e cobram apoio de parlamentares
[Via Correio do Estado]
Na sessão ordinária desta quinta-feira (24), lideranças estudantis da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), foram recebidos na Assembleia Legislativa e tiveram oportunidade de fazer uso da palavra, para expor as reivindicações que têm feito para melhorar as condições da instituição pública, presente em 25 municípios do Estado.
O orador da turma foi o acadêmico de Artes Cênicas da UEMS, Robson Rodrigues Marques Júnior, que lembrou a importância da universidade para grande parte dos estudantes da rede pública de ensino.
"Gostaria de lembrá-los que 80% dos acadêmicos são oriundos de escola pública, só para reforçar a importância dessa instituição. Os senhores (deputados) afirmam que apoiam a educação, porém, aprovaram um valor menor do que o apresentado pela reitoria, no orçamento deste ano", questionou.
Robson destacou ainda a trajetória de luta dos estudantes que já passaram pela UEMS e desde 2010 lutaram, primeiro pela construção da sede própria em Campo Grande, depois, ampliação de cursos e mais recentemente, perdas para educação como a reforma do ensino médio.
"Nossos colegas do curso de medicina paralisaram as aulas porque não têm professores e outras áreas de conhecimento contam com profissionais contratados e não efetivados. Sem professores concursados não podemos participar de projetos de pesquisa e extensão, prejudicando nossa formação", reforça.
Foi lembrado ainda, que a UEMS apresentou o orçamento para 2018, no valor de R$ 252 milhões e os parlamentares votaram em valor menor: R$ 214 milhões, sendo que ao final foram liberados R$ 201 milhões pelo governo estadual.
"Os estudantes brasileiros enfrentam um sucateamento nacional da educação pública brasileira. Por isso estamos aqui para cobrar o compromisso de muitos aqui presentes que afirmaram apoiar a educação do Estado.
APOIO DOCENTES
A Associação dos Docentes da UEMS (Aduems), encaminhou uma nota oficial apoiando a iniciativa dos acadêmicos e reforçando a necessidade de concursos públicos e maior número de vagas. "Hoje o déficit de vagas é de 100 profissionais para Técnicos Administrados e 200 professores. É preciso que isso seja mudado, pois, temos um prédio que não possui o bem mais precioso, o material humano", argumentou o presidente, Esmael Almeida Machado.
NOTA UEMS
Em nota oficial, a UEMS informa que tem usado de todos os seus expedientes administrativos para possibilitar o adequado funcionamento dos seus cursos de graduação. A Universidade esclarece que diversos cursos possuem demanda para concurso público.
Para suprir o déficit de professores existente, a Universidade lançará, até o dia 25 de junho, em caráter emergencial, um edital com 50 vagas para professores de várias áreas para diversas Unidades Universitárias. Em relação ao curso de Medicina, a UEMS esclarece que, por decisão do colegiado de professores do curso, apoiado pelo corpo discente, decidiu-se pela suspensão temporária das aulas.