Senado dos EUA rejeita projeto que limita ação militar de Trump contra Irã
Resolução visava restringir capacidade do presidente de adotar ações militares contra o Irã sem aprovação do Congresso
O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira (27) uma resolução proposta pelos democratas que visava restringir a capacidade do presidente Donald Trump de adotar ações militares contra o Irã sem a aprovação do Congresso.
O senador Tim Kaine, democrata do estado da Virgínia, apresentou o projeto na semana passada, sob a Lei dos Poderes de Guerra de 1973, antes de Trump autorizar ataques a três instalações nucleares iranianas.
A resolução exigiria a aprovação do Congresso para quaisquer novos ataques ao Irã que não fossem em legítima defesa ou devido a perigo iminente.
“Acho que os eventos desta semana demonstraram que a guerra é grande demais para ser relegada à decisão” de uma pessoa, disse Kaine no plenário do Senado nesta sexta
“A guerra é uma questão grande demais para ser deixada ao ânimo, aos caprichos e às vibrações diárias de qualquer pessoa”, adicionou.
Os legisladores votaram contra o avanço da resolução para o plenário do Senado, por 53 a 47.
O senador republicano Rand Paul votou com os democratas para que a proposta avançasse. Já o senador democrata John Fetterman votou contra.
A votação desta sexta-feira representou uma mudança significativa em relação a uma votação semelhante sobre poderes de guerra em 2020, relacionada ao Irã, na qual oito republicanos votaram com os democratas — sete dos quais ainda estão no Senado.
Câmara pode propor ação semelhante
A Câmara dos EUA poderá apresentar sua própria resolução sobre poderes de guerra, liderada pelos democratas, após 4 de julho.
O deputado republicano Thomas Massie, que enfrentou forte reação do governo por criticar os ataques ao Irã, também havia proposto uma resolução sobre poderes de guerra, mas decidiu não apresentá-la em meio ao cessar-fogo no conflito Irã-Israel.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, criticou duramente os parlamentares por exigirem que Trump receba aprovação do Congresso para ataques ao Irã, acrescentando que não acredita que a Lei dos Poderes de Guerra seja constitucional.
Via CNN Brasi l