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Seleção de filmes e séries em plataformas digitais

Redação
A dica da semana é o filme de animação “Soul”, disponível no Disney Plus

“Soul”

O propósito da vida é tema de mais nova indicação da Pixar ao Oscar

Famosa por suas animações que, apesar de voltadas ao público infantil, conseguem agradar as mais diversas faixas etárias, a Pixar tomou como hábito se aprofundar no existencialismo – especialmente depois de “Up! Altas Aventuras”.

Literalmente dentro desse espírito, “Soul” se tornou um dos filmes mais aclamados da produtora e é o favorito ao Oscar de 2021 na categoria de Melhor Animação.

Isso apesar de ter estreado somente pela Disney+ – os cinemas ficaram de fora, em decorrência da pandemia de Covid-19.

A história se constrói ao redor de Joe Gardner, um pianista de jazz que, enquanto espera pela oportunidade de alavancar sua carreira, ganha a vida como professor de música numa escola de Nova York.

Um dia, Joe recebe uma ligação de um ex-aluno, Curly, sobre uma audição para a banda da famosa saxofonista Dorothea Williams (Angela Bassett).

Trata-se de uma oportunidade única que, apesar de um começo atrapalhado, lhe garante um lugar no show de Dorothea naquela mesma noite.

Em êxtase, Joe sai na rua sem nenhuma preocupação, crente que seu sonho finalmente se materializou, apenas para cair em um bueiro e morrer.

Em seguida, Joe acorda na ladeira do pós-vida, onde todas as almas da Terra caminham para o “além-vida”.

Desesperado, ele tenta voltar para Terra e, ao se lançar para fora da ladeira, ultrapassa as barreiras do espaço-tempo e cai no “pré-vida”, uma área do universo onde todas as almas aprendem sobre a vida e adquirem suas personalidades antes de nascer.

Lá, o pianista é confundido com um dos mentores, figuras ilustres da Terra que ajudam as novas almas a encontrarem seus propósitos, e conhece 22, que se recusa a sair do “pré-vida”.

Assim, Joe e 22 fazem um acordo para que ele seja capaz de viver novamente e ela nunca precise, mas o destino lhes reserva outros caminhos e essa dupla embarcará numa inusitada aventura pela Terra, onde tentam descobrir juntos os verdadeiros sentidos de suas vidas.

Clique aqui para assistir ao trailer de “Soul”.

 

Recomeços

Império colonial espanhol é pano de fundo da nova série épica da Amazon Prime Video

Em sua primeira publicação, “O Tempo entre Costuras”, María Dueñas se tornou uma das autoras espanholas mais vendidas da atualidade.

Diante de tamanho sucesso, o livro foi adaptado para televisão pelo canal Antena 3, na Espanha, e chegou a ser disponibilizado pela Netflix.

No entanto, quando a produtora espanhola decidiu adaptar outra obra de María Dueñas, foi a vez da Amazon Prime adquirir os direitos de distribuição. Trata-se de “La Templanza”, uma série com 10 episódios que estreia na plataforma dia 26 de março.

A história se desenvolve no Século XIX, em torno de Mauro Larrea (Rafael Novoa), um minerador espanhol que fez fortuna no México mas mergulha em dívidas quando um investimento arriscado fracassa devido a guerra de independência das 13 Colônias.

Para preservar seu prestígio e pagar seus compromissos na região, Mauro recorre a um agiota e novas oportunidades em Cuba. Viúvo, pai de dois filhos, ele chega na alta sociedade de Jerez sem dinheiro ou contatos.

Mas, ao vencer uma partida de bilhar, se torna dono de uma vinícola e conhece Soledad Montalvo (Leonor Watling), uma mulher forte e sedutora, que perdeu as terras para Mauro e só o mete em problemas.

Apesar de Soledad ser casada, há anos que seu marido não é visto, o que torna sua situação com o filho pouco favorável, já que ele acredita ser o verdadeiro responsável pela administração dos negócios familiares na ausência do pai.

Sua inteligência e posicionamentos vão além daquilo que era permitido para uma mulher na época, o que a torna tão bem-sucedida na defesa das filhas e de seu patrimônio.

No entanto, seu ponto fraco são as vinícolas de Mauro, local onde ela passou toda sua infância.

Assim, ela decide empreender em uma busca pelo passado desse misterioso espanhol para então lhe pedir um pequeno favor que, com o tempo, se torna uma perigosa missão – da qual Mauro talvez não seja capaz de escapar.

Clique aqui para assistir ao trailer de “La Templanza”.

 

Os sabidos são outros

Com mais uma série do universo de Sherlock Holmes, “Os Irregulares de Baker Street” se diferencia de outras produções semelhantes da Netflix por seu tom sobrenatural

O endereço 221B Baker Street certamente é um dos mais famosos do mundo.

Lar do célebre detetive Sherlock Holmes, é onde se passa grande parte das aventuras criadas por Sir Arthur Conan Doyle, autor mais conhecido da literatura criminal.

Mesmo mais de cem anos depois da publicação do primeiro livro de Sherlock, a história do detetive continua sendo explorada por diversos filmes e séries, cada um com uma abordagem diferente sobre a narrativa.

Um dos mais recentes, por exemplo, foi o original da Netflix “Enola Holmes”, que contava a história da irmã de Sherlock, uma personagem inventada.

Porém, na produção “Os Irregulares de Baker Street” – também original do serviço de streaming e que estreia dia 26 de março –, os personagens de fato foram criados por Doyle.

A série é ambientada em Londres da época vitoriana e acompanha um grupo de jovens pobres que formam uma espécie de gangue de detetives.

Manipulados pelo misterioso Dr. Watson, o grupo ajuda a solucionar crimes, porém nunca levam crédito pelas suas descobertas.

Em vez disso, é Sherlock – que não aparenta ser mais do que um fantoche de Watson com seu estado mental deteriorado – que ganha a fama de melhor detetive de todos.

Além disso, “Os Irregulares de Baker Street” é uma produção mais voltada para o terror, muito por incrementar elementos paranormais à trama. Sendo assim, à medida que surge uma força assustadora e sobrenatural, os jovens detetives se tornam a única esperança de sobrevivência da cidade.

Nos livros de Doyle, os “irregulares” são um grupo de crianças que, liderados por Wiggins (o mais velho de todos), viviam pelas ruas de Londres e trabalhavam para Sherlock como uma espécie de espiões em troca de moedas.

A gangue aparece em livros como “Um Estudo em Vermelho” e “O Signo dos Quatro”, sempre fazendo pequenos serviços para o detetive.

Já na produção da Netflix há uma maior liberdade criativa, não só por estar ambientada no universo de Sherlock e não o colocar como protagonista (que na verdade é tratado como um grande farsante), mas também por incluir mulheres e minorias entre todo o elenco – inclusive na gangue de detetives mirins.

Clique aqui para assistir ao trailer de “Os Irregulares de Baker Street”.

 

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