[Via Correio do Estado]

A loucura é definida na psiquiatria como um estado de fragilidade e confusão mental em que o indivíduo não é capaz de desfrutar plenamente de suas capacidades cognitivas, que prejudicam o convívio social. Talvez por representar uma área ainda pouco conhecida pelos cientistas, as nuances do pensamento humano sempre despertaram o interesse da ficção científica, exploradas através de ambientes controlados e altamente tecnológicos. Com o intuito de ampliar essa temática, chega dia 21 de setembro na Netflix a série “Maniac”, original da plataforma e dirigida por Cary Joji Fukunaga.

Ao longo de dez episódios, a produção acompanha a história de dois desconhecidos que, por motivos diferentes, resolvem participar da última fase experimental de uma droga farmacêutica capaz de reparar qualquer distúrbio mental. Dessa forma, Owen Milgrim (Jonah Hill), o quinto filho de um rico empresário de Nova York, que vive as sombras de um diagnóstico de esquizofrenia não confirmado, e Annie Landsberg (Emma Stone), uma mulher inconformada e sem perspectivas futuras que busca nas drogas um refúgio de seu passado traumático, embarcam numa série de testes com pílulas suspeitas e realidades alternativas.

Porém, há um empecilho para o sucesso das experiências do Dr. James K. Mantleray (Justin Theroux): o computador responsável pelo processo tornou-se melancólico e, apesar dos esforços da equipe, insiste em juntar a dupla nos cenários.

Apesar da série abordar uma sociedade distópica, em que são empregadas tecnologias capazes de substituir o convívio humano, opta por uma perspectiva retrô desses conceitos, em que grande botões e luzes coloridas fazem uma alusão ao futuro que se imaginava nos anos 80. Nessa onda “futurista vintage”, a produção pretende pegar carona em sucessos como “Black Mirror” e dar mais peso ao gênero. Dessa forma, principalmente em função de seu elenco extremamente premiado, “Maniac” tem tudo para ser mais uma produção bem-sucedida da Netflix.