Norte e Nordeste têm as maiores taxas de insegurança alimentar do Brasil
Pará, Roraima e Amazonas foram os estados com os percentuais mais altos
As regiões Norte e Nordeste têm as maiores taxas de insegurança alimentar do Brasil em 2024, de acordo com os dados, divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, no módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
A região Norte registrou uma proporção de 37,7% de domicílios com insegurança alimentar. Já a região nordeste registrou 34,8% dos domicílios em situação de insegurança alimentar.
Em comparação, a taxa de insegurança alimentar do Norte foi quase três vezes maior que a da da região Sul, que registrou a menor proporção de domicílios em insegurança alimentar, com 13,5%.
Os estados com os percentuais mais altos de domicílios em insegurança alimentar foram:
- Pará (44,6%)
- Roraima (43,6%)
- Amazonas (38,9%)
- Bahia (37,8%)
- Pernambuco (35,3%)
- Maranhão (35,2%)
- Alagoas (35%)
- Sergipe (35%)
Entre as demais grandes regiões, a insegurança alimentar chegou a 20,5% dos domicílios do Centro-Oeste e 19,6% do Sudeste.
A quantidade de domicílios em insegurança alimentar era maior no Nordeste com, 7,2 milhões, seguido por Sudeste, com 6,6 milhões, Norte com 2,2 milhões, com Sul 1,6 milhão e Centro-Oeste com 1,3 milhão.
“Em termos absolutos, a região Sudeste, por concentrar a maior parte da população, tem um número elevado de domicílios em situação de insegurança alimentar. Uma coisa é olhar por termos proporcionais, com piores situações no Norte e Nordeste. Mas quando vemos em termos de quantidade, são Nordeste e Sudeste”, explica a analista da pesquisa, Maria Lucia Vieira.
Proporcionalmente, a insegurança alimentar atingia mais domicílios em áreas rurais, com um percentual de 31,3%, do que em zonas urbanas, com um percentual de 23,2%.
“Esses dados vão um pouco contra a nossa intuição de que na área rural as pessoas plantam seus alimentos, portanto a insegurança alimentar ali seria menor. Entretanto, parte dos domicílios rurais têm rendimento per capita menor e maior presença de crianças, de tal forma que, mesmo com cultivo agrícola, esse pode ser restrito e não variado, não garantindo nem quantidade e nem qualidade”, avalia Maria Lucia.
Via CNN Brasil