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Museu de Arte Contemporânea de MS abre 2ª Temporada de Exposições 2016

Redação
Foto: Assessoria de Imprensa

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Campo Grande (MS) – O Marco (Museu de Arte Contemporânea de MS) está com a 2ª Temporada de Exposições 2016 abertas em Campo Grande. O lançamento foi realizado na noite desta terça-feira ( 21), com as mostras “Formas D’Água – Reflexão por transparência”, da artista chilena Patricia Claro, e “Subúrbio”, do fotógrafo Bruno Veiga.

De acordo com a coordenadora do Marco, Maysa Barros, o objetivo do programa do Marco é aprofundar a arte contemporânea. “Nosso programa adquiriu dimensão nacional, visando revelar novos artistas. As mostras objetivam influenciar na formação artística e possibilitar o acesso do público à arte e também o intercâmbio com artistas de outras localidades. As exposições pretendem possibilitar a ampliação da percepção e a transformação sociocultural, influenciando em outros setores profissionais. Agradeço aos artistas desta temporada e seus curadores, a Sectei e Fundação de Cultura e a toda a equipe do Museu”, disse.

O curador da mostra “Formas D’Água – Reflexão por transparência”, da artista chilena Patricia Claro, Rafael Raddy, que pela segunda vez vem ao Estado trazer exposições, agradeceu ao Governo do Estado a oportunidade. Ele explica que Patricia desenvolveu o tema paisagens, voltado para a água, como a reflexão da luz sobre a superfície da água reflete e absorve.

“São 32 obras, cada uma composta de duas partes, em que uma é o reverso da outra, além de mais quatro projeções. A artista levou um ano para fazer o trabalho. Algumas das obras levaram camadas de tintas na técnica oriental, chamada laque japonês”, explicou.

Cinco obras compõem uma série chamada “Águas Perdidas”, que a artista compôs viajando de barco em lugares fechados ao público na cidade de Bonito, a convite da Secretaria de Cultura daquele município, tendo sido acompanhada pelo Instituto Chico Mendes. A artista esteve no município em outubro do ano passado.

A Mostra “Formas D’Água – Reflexão por Transparência” vai passar por dez cidades brasileiras, e Campo Grande é a segunda. A Mostra esteve primeiro em Brasília, foi aberta em 22 de março e ficou um mês aberta ao público. O curador Rafael Haddy fala sobre a importância desta circulação pelo país. “A água é universal como fator de integração, da sustentabilidade. Aqui tem o Aquífero Guarani. Para cada bioma brasileiro a artista produziu uma obra”.

Foto: Assessoria de Imprensa

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Subúrbio

O fotógrafo carioca Bruno Veiga, que expõe fotos na mostra “Subúrbio”, enalteceu a estrutura do Museu de Arte Contemporânea. “Estamos trazendo a este museu espetacular, com uma estrutura incrível, a exposição ‘Subúrbio’, que conta a vida suburbana, a estética suburbana. Quero agradecer a todos os presentes, ao governo estadual, a Sectei e Fundação de Cultura”.

Bruno retratou a estética suburbana no Rio de Janeiro durante nove anos. Conheceu a realidade do subúrbio trabalhando como repórter fotográfico nos jornais O Globo e Jornal do Brasil na década de 1980, e depois como freelancer na década de 1990. Recebeu uma bolsa da Rio Arte, da Fundação de Cultura do Rio de Janeiro, por um ano, com o objetivo de retratar sambistas da velha guarda, depois continuou o trabalho por mais oito anos retratando a estética suburbana.

“Todos [os sambistas] moram no subúrbio, que foi onde o samba se solidificou, Comecei essa pesquisa com os retratos, mas em 2001, ao revisitar ao subúrbio, encontrei um mundo que eu já tinha vivido quando repórter fotográfico. Apaixonei-me pela estética das casas, das pessoas mais velhas que têm outra visão. Decidi trabalhar sobre a estética, importante na construção de uma identidade carioca. Tenho certeza que as pessoas vão se tocar com as 30 obras, é uma realidade do Brasil inteiro, é uma estética que se reproduz também em outros locais brasileiros”.

O curador da Mostra, Carlos Bertão, disse ser um prazer imenso trabalhar com Bruno Beiga, que hoje é seu mais novo amigo. Carlos é carioca, mas mora em Bonito e afirma ser importante trazer artistas de fora para interagir com artistas daqui. “Essa troca é importante. Trazemos artistas de qualidade para também conhecer os artistas daqui, e o Marco possui estrutura e aparelho cultural de alto nível”.

O padre Mário Trevisan, representando o arcebispo Dom Dimas, citou Dostoievsky ao dizer que “a beleza salvará o mundo. Que possamos renovar nossa fé no ser humano, que expressa na arte a beleza. Vamosfazer com que a beleza suplante a maldade. Boa exposição a todos”.

O secretário de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Renato Roscoe, deu as boas vindas a todos. “Agradeço inicialmente à Maysa [Barros, coordenadora do Marco] por trazer exposições ao Museu, que é orgulho da nossa secretaria, do nosso Estado, um museu com essa qualidade, com salas, espaços para exposição. Agradeço à equipe que trabalha e traz qualidade às mostras aqui apresentadas. Agradeço a presença de todos”, finalizou.

Nesta quarta-feira (22), às 18h30, no Sesc Morada dos Baís, será realizada uma mesa redonda com participação do fotógrafo Bruno Veiga, da crítica de arte Maria Adélia Menegazzo e do professor Rafael Maldonado (UFMS) em que será discutida a “Fotografia Contemporânea”. A mediação será do curador Carlos Bertão. Este evento será precedido pelo lançamento do livro de Bruno Veiga, Subúrbio”, que contém fotografias da série de mesmo nome, exposta no Marco.

Serviço:

A Segunda Temporada de Exposições 2016 do Museu de Arte Contemporânea estará aberta à visitação de terça a sexta, das 7h30 às 17h30. Sábados, domingos e feriados das 14h às 18 horas. A mostra fica em exposição até 21 de agosto. A entrada é franca.

Mais informações sobre as mostras e agendamento com escolas para a realização de visitas mediadas com as arte-educadoras do Programa Educativo podem ser obtidos pelo telefone (67) 3326-7449.

O Museu de Arte Contemporânea fica na rua Antônio Maria Coelho, nº 6000, no Parque das Nações Indígenas. Visite o site (www.marcovirtual.wordpress.com), a página no Facebook (www.facebook.com/marco.museu) ou envie um e-mail paramarco@fcms.ms.gov.br.

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