Voz do MS

MS

Mesmo após reparos, ponte no Rio Paraguai vai seguir em meia pista

jornalismo@vozdoms.com.br

Trabalhos começaram na semana passada, mas a reforma definitiva ainda está na fase de elaboração de projeto

Mesmo após a conclusão dos reparos na ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262, o tráfego sobre a estrutura vai continuar parcialmente interditado, pois as obras iniciadas na semana passada são apenas emergenciais. A reforma definitiva ainda está em fase de elaboração de projeto. 

Os reparos de agora, executados pela ENGR Engenharia ao custo de R$ 1.678.594,19, são “para execução da obra emergencial de recuperação das estruturas das extremidades das lajes em balanço, substituição dos aparelhos de apoio e juntas de dilatação danificadas”.

Durante estes reparos, o tráfego vai sofrer interrupções totais em determinados períodos do dia ao londo dos próximos cinco meses, período ao longo do qual está previsto o contrato. Mas, a previsão da Agesul é de que os trabalhos sejam concluídos antes disso. 

Ao mesmo tempo em que a Agesul fez a contratação emergencial para os reparos, também contratou a empresa Finger & Sommer Engenharia e Consultoria para “inspeção especial, elaboração de projeto executivo e supervisão de obras para recuperação e recondicionamento da estrutura da ponte”. O custo deste projeto será de R$ 714.408,43.

A ponte, que fica a cerca de 70 quilômetros de Corumbá, está com o tráfego em meia pista desde 21 de março deste ano. Por conta disso, o Governo do estado desembolsa uma média de R$ 330 mil mensais para fazer esse controle de pare e siga, já que existe a necessidade de manter funcionários no local durante 24 horas por dia 

Com 1.890 metros de comprimento e inaugurada em maio de 2001, a ponte era pedagiada até setembro do ano passado, com tarifa de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga. Em média, a cobrança rendia R$ 2,6 milhões por mês, ou R$ 21 milhões nos oito primeiros meses de 2022.  

No ano anterior, o faturamento médio mensal ficou em R$ 2,3 milhões. Conforme os dados oficiais, 622 mil veículos pagaram pedágio naquele ano. Grande parte deste fluxo foi de caminhões transportando minério. A maior parte destes veículos têm nove eixos e por isso deixavam R$ 126,9 na ida e o mesmo valor na volta.

Esse contrato durou longos 14 anos, com início em dezembro de 2008, e rendeu em torno de R$ 430 milhões, levando em consideração o faturamento do último ano de concessão.

Em março de 2017, a Porto Morrinho conseguiu um abatimento de 61% no valor da outorga. Na assinatura, em 22 de dezembro de 2008, o acordo previa repasse de 35%  do faturamento bruto obtido com a arrecadação tarifária estabelecida em sua proposta comercial. A partir de março de 2017, porém, este valor caiu para 13,7%.

Em troca da cobrança de pedágio, a empresa Porto Morrinho tinha a obrigação de fazer a manutenção da estrutura. Mas, ela foi devolvida e dois meses antes do fim definitivo do contrato com a concessionária, o tráfego já estava em meia pista justamente porque a manutenção não foi realizada. 

Nos primeiros oito meses depois do fim da cobrança de pedágio, entre setembro do ano passado e maio deste ano, a concessionária continuou cuidando da ponte, Neste período, recebeu pouco mais de R$ 6 milhões. Atualmente, a empresa que controla o tráfego é e empresa RR Ceni Terraplanagem, que tem uma série de outros contratos com a administração estadual. 

Via Correio do Estado MS

Comentários

Últimas notícias