Leilões de gado no Pantanal retornam presencialmente com mercado aquecido
Pandemia e a prolongada seca no bioma suspenderam os leilões nos últimos dois anos
Dois leilões realizados no Parque de Exposição Belmiro Maciel de Barros, em Corumbá – na quinta-feira (17) e no sábado (19) -, marcaram o retorno da comercialização presencial de gado de corte e touros na região pantaneira.
A pandemia do coronavírus e a prolongada seca no bioma suspenderam as vendas no tatersal nos últimos dois anos.
Os bons planteis apresentados para comercialização garantiram a liquidez total dos animais, avaliou o leiloeiro Carlos Guaritá, realçando a melhoria gradativa da qualidade do rebanho nelorado de corte pantaneiro, apesar das dificuldades de manejo com a escassez de água e, consequentemente, de pasto, nos últimos anos.
Na quinta-feira (17), foram arrematados 1.100 animais, entre vacas, novilhas, garrotes, tourunos e bezerros, alcançando preços superiores aos valores regidos pelo mercado.
Lotes de vacas foram comercializados a R$ 3,2 mil por animal.
No sábado (19), touros de alto padrão da Agropecuária Jacarezinho alcançaram R$ 17 mil, com média acima de R$ 15 mil.
Melhoria do rebanho
Com transmissão ao vivo, o leilão de 120 touros teve compradores de Marabá, no Pará.
“O sucesso das vendas nos surpreendeu, pois estamos atrasados em relação a estação de monta, que no Pantanal vai de outubro a março, devido à seca”, observou Guaritá.
As facilidades de compra – frete livre dentro do Estado e pagamento em 20 parcelas – favoreceram as vendas.
A Jacarezinho anunciou novo leilão de touros em Corumbá, no fim de ano, com 300 animais, reforçando a meta do sindicato rural local de retomar a regularidade de vendas bimestrais de animais em 2022.
“Leilões desta qualidade (de touros) significa levar o melhor em genética para dentro do Pantanal”, disse Gilson de Barros, presidente da entidade.
Via Correio do Estado MS