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Instituto Federal de MS consegue o primeiro registro de patente com invenção de óculos adaptável

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Peça pode ter cor e design modificados para combinar com vestimentas de quem a usa

Após cinco anos e três meses, alunos e professores do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) conseguiram um feito histórico. Com um óculos adaptável, conseguiram a primeira patente de um produto desenvolvido na instituição. 

O registro foi válido depois de diversas análises do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A peça é inovadora porque permite que, de forma rápida e prática, alterar instantaneamente o design e cores da armação, que podem mudar conforme a vestimenta usada e o ambiente que o dono dos óculos frequenta. 

Uma das responsáveis pela invenção, Elaine Cassiano, professora de Administração no campus de Campo Grande e atual reitora da instituição, explicou que a ideia surgiu durante uma aula de Empreendedorismo como uma solução para quem quer combinar os óculos com o visual, mas não tem condições de ter mais de um para revesar.

“Uma lente e uma armação são caras, então, para muitas pessoas, não é viável ter dez óculos, por exemplo. Esse dispositivo permite que haja a modificação da cor rapidamente, sem precisar de um novo par de óculos”, aponta. 

Elaine ainda aponta que esta invenção exemplifica como as áreas de ensino, pesquisa e extensão, já que a ideia foi pensada durante uma aula, em 2017, e o modelo de protótipo foi feito com impressoras 3D que também são do IFMS. 

“Identificamos um problema dentro da sala de aula, em uma atividade de ensino, e com apoio dos laboratórios de inovação e da pesquisa bibliográfica desenvolvemos a ideia até culminar com a concessão desta patente. É a coroação do esforço institucional de todos os envolvidos, autores, servidores e estudantes”, finaliza.

Além da professora Elaine, são autores da invenção o professor Reinaldo Mesquita Cassiano, e os então estudantes e agora egressos Daniel Delmondes e João Rocha.

Com este feito, atualmente o Instituto detém 73 registros de propriedade industrial entre Direito Autoral,, Marca, Software e, agora, uma patente. 

Ivilaine Delguingaro, diretora de Empreendedorismo e Inovação do Instituto. aponta que até a concessão do título, é um longo processo que inicia com o depósito da peça e, após diversas manifestações com a instituição, o INPI delibera pela aprovação ou não do pedido. 

“As ações de pesquisa buscam criar soluções novas para problemas reais da sociedade e muitas vezes essas criações são propriedades intelectuais e podem gerar um portfólio de possibilidade de transferência do IFMS com a sociedade. Os registros de propriedade intelectual colocam o IFMS como um importante ator no ecossistema de inovação”, analisa.

A avaliação passa pelo critério de novidade, já que precisa ser algo diferente de tudo já inventado, também precisa não ter uma conclusão óbvia, ou seja, precisa ser algo inventivo e ter aplicação industrial para ser reproduzido. Se cumprir todos os requisitos, a patente é aprovada. Para o IFMS, a carta afirmativa foi emitida após cinco anos e três meses. 

Estudantes e servidores que desenvolvem itens passíveis de proteção intelectual podem solicitar apoio institucional por meio de edital de fluxo contínuo, publicado anualmente.

Via Correio do Estado MS

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