Foto: Via Top Midia News/ Geovanni Gomes

O ex-vice-prefeito Gilmar Olarte (PROS) e sua esposa Andreia Zanelato Olarte foram presos na manhã de hoje (15) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) por meio da Operação Pecúnia.

Olarte e Andréia são acusados de esquema de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Os dois foram levados para Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para realizaram exame de corpo de delito e seguiram para o Centro de Triagem.

Andreia deixou a residência afirmando que a prisão é motivada por perseguição política. "Isso é uma perseguição política porque eu ia registrar minha candidatura hoje". Ela sairia como candidata a vereadora para as eleições de 2016.

O pedido de prisão temporário foi emitido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por meio da investigação que apura prática de crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

Nota do Gaeco

O Ministério Público de mato Grosso do Sul por meio do GAECO – O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado cumpre nessa segunda-feira (15/08) 4 MANDADOS DE PRISÃO TEMPORÁRIA, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul em desfavor de : GILMAR ANTUNES OLARTE e sua esposa ANDRÉIA NUNES ZANELATO OLARTE, EVANDRO SIMÕES FARINELLI e IVAMIL RODRIGUES DE ALMEIDA.
Cumprimento de 6 mandados de busca e apreensão nos seguintes locais, todos localizados em Campo Grande:
A) residência do casal OLARTE;
B) na empresa de Andréia Olarte denominada “CASA DA ESTETICISTA”;
C) na residência de IVAMIL RODRIGUES DE ALMEIDA;
D) no escritório de IVAMIL RODRIGUES DE ALMEIDA, empresa denominada “IVAMIL EVENTOS CONSULTORIA E ASSESSORIA LTDA;
E) na residência de EVANDRO SIMÕES FARINELLI;
F) no endereço comercial de EVANDRO SIMÕES FARINELLI – empresa denominada “CHASSI AUTOMOTIVO LTDA”.
As prisões e os mandados de busca e apreensão foram expedidos no bojo de procedimento investigatório criminal conduzido pelo GAECO, onde se apura a prática dos crimes de LAVAGEM DE DINHEIRO, ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E FALSIDADE IDEOLÓGICA.
Os fatos apurados possuem conexão com a Operação Adna, em trâmite no Tribunal de Justiça, onde se atribui a GILMAR OLARTE a prática do crime de corrupção passiva.
As investigações tiveram início a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de ANDRÉIA OLARTE e de sua empresa (CASA DA ESTETICISTA), além de informações de que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto GILMAR OLARTE ocupava o cargo de Prefeito Municipal, sua esposa adquiriu vários imóveis na capital, alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal.
Para tanto, o casal Olarte contou com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de imóveis e braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli, pessoa que cedia o nome para que as aquisições fossem feitas em nome de Andréia Olarte.