Após a prisão do procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, na sexta-feira (24) a coordenadora da Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) a promotora de Justiça Cristiana Mourão justificou o fato de a Gaeco ter cumprido a detenção, e não a Policia Civil, que já investigava o suspeito.

Segundo a Promotora de justiça a prisão foi realizada como de praxe e não houve favorecimento do acusado. ” O mandado existe a dois meses e a Polícia Civil não cumpriu. Fomos lá e fizemos a prisão", explicou.
Zeolla era investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança ao Adolescente) pelo crime de estupro de 3 meninos, um de 13 anos, um de 11 e um de 10 anos de idade. O mandado de prisão pelo crime estava aberto desde o mês de Abril, e ainda não havia sido cumprido.

A prisão aconteceu na manhã da sexta-feira (24), após a detenção Zeolla passou pelo Insituto de Medicina e Odontologia Legal, onde realizou o exame de corpo de delito e logo foi levado ao presídio. A reclamação é de que a prisão teria sido uma forma de blindar o procurador, já que segundo a Policia Civil, o suspeito deviria ter sido encaminhado à Depca para ser interrogado.

"Não havia nenhuma especificação na ordem judicial que o suspeito deveira ser levado a Depca", justificou a promotora.

Para conduzir o depoimento de Zeolla, a Policia Civil terá que soliciar a Justiça a liberação do suspeito do Centro de Triagem. Segundo Cristiane Mourão, a prática é comum e não vai atrapalhar as investigações do crime.