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Cultura

Comissão fará estudo para tornar Forte Coimbra Patrimônio Cultural da Humanidade

Redação

[Via Campo Grande News]

“Isso vai trazer uma grande repercussão para Mato Grosso do Sul, vamos montar uma comissão especial para avaliar as melhores práticas de divulgação desse ponto turístico para que consiga obter o título”, explicou Marun

O título de Patrimônio Cultural da Humanidade é concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). As tratativas para concessão do título ao forte avançaram no ano passado.

Construído em 1775 na margem direita do rio Paraguai, entre Corumbá e Porto Murtinho, o Forte Coimbra foi destruído por um incêndio e reconstruído em 1801. Está localizado entre morrarias pouco acima do marco da tríplice fronteira entre Brasil, Bolívia e Paraguai, sendo construído como forma de demarcar a soberania portuguesa na região.

No ano de sua reconstrução foi alvo de ataque de uma força com 600 homens liderada pelo governador do Paraguai, D. Lázaro de Ribera. O efetivo de 42 homens resitiu por dez dias sob o comando de Ricardo Franco –conseguindo escapar rumo a Corumbá e Cuiabá depois que os inimigos avistaram uma imagem de Nossa Senhora do Carmo sobre o muro e suspenderam a investida.

Depois, durante a Guerra do Paraguai, o forte foi novamente atacado, desta vez por uma força de 3,2 mil homens armados sob o comando de Solano Lopez. No segundo dia da campanha, um soldado mostrou a imagem da santa, levando os inimigos a suspenderem o fogo e permitirem a fuga dos sobreviventes. Nossa Senhora do Carmo é a padroeira de Forte Coimbra, sendo homenageada com uma festa em 16 de julho.

A unidade militar foi tombada pelo Ministério da Cultura em 1975, ano de seu bicentenário, graças à seu valor arquitetônico e histórico. Também é o marco central de uma comunidade de 200 pessoas.

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