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Central de Transplantes e Força Aérea trabalham juntos na doação de órgãos para salvar vidas

Redação

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Campo Grande (MS)- Depois de ter a morte cerebral confirmada, uma mulher de 47 anos se tornou doadora múltipla de órgãos na madrugada da última quinta-feira (24), em Campo Grande. A vida não parou por ali e vários órgãos, entre eles o coração, foram doados e levados por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) a pacientes de Brasília e São Paulo.

Na capital federal do país, um homem, que dependia de um transplante para viver, aguardava ansioso a chegada do coração. Uma equipe médica, formada por cinco profissionais, veio a Campo Grande fazer a captação do órgão. Nessas horas, a agilidade e rapidez  da equipe são imprescindíveis e o tempo entre a retirada e o transplante deve ser curto para evitar a perda do órgão, segundo a coordenadora da Central Estadual de Transplantes (Cetms), Claire Miozzo.

“Por isso, todos os esforços ajudam e muito na logística que envolve o transplante. Na última sexta-feira, além do voo direto da Força Aérea para Brasília, os médicos foram escoltados entre a Santa Casa e a Base Aérea de Campo Grande por uma equipe da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Isso é sempre muito bom porque garante a agilidade. Dez minutos ou até um minuto fazem a diferença”.

Para o coração, que tem apenas quatro horas de isquemia fria – período de armazenagem para manter o órgão em funcionamento- o voo da FAB é sinônimo de esperança. “Fazer o transporte de um coração em um voo comercial é impossível, dependendo da distância. Ter a FAB nessa parceria é essencial para salvar vidas”, disse Claire.

Em junho, o presidente em exercício Michel Temer assinou um decreto que determina a disponibilidade de aviões da Força Aérea Brasileira para o transporte de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para transplante em todo o território nacional. “isso já acontecia por meio de um acordo, mas agora já existe o decreto, o que só corrobora para a importância do transporte adequado”, avaliou Claire.

Além do decreto, a coordenadora da Cetms tem mais motivos para comemorar. “Em 2015, tivemos 13 doadores efetivos. Já em 2016 tivemos 12 doadores. Ou seja, em seis meses atingimos o número do ano inteiro de 2015. Há muito tempo não conseguimos um número tão positivo”, explicou Claire.

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