Após adesão à greve nacional, professores da Reme esperam proposta da prefeitura sobre piso salarial
Presidente da ACP, Gilvano Bronzoni disse que a classe está irredutível quanto à pedida e pode, inclusive, entrar em greve no próximo mês caso não sejam atendidos
Após a adesão dos professores da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande (Reme) à Greve Nacional da Educação na última quarta-feira (26), o professor e presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Gilvano Bronzoni, destacou
que a categoria aguarda uma proposta da Prefeitura Municipal ainda nesta quarta-feira (27), quanto ao pagamento do reajuste de 20 horas solicitado pela categoria na capital.
Entre as principais pautas da greve em âmbito nacional estão a cobertura do piso 20h do magistério, a revogação do Novo Ensino Médio, bem como a questão da violência nas escolas e saúde mental dos professores, todas pautas aderidas pela ACP.
Na ocasião, Bronzoni explicou que alguns profissionais comentaram que o salário principal está defasado em cerca de 50%, comparado ao do magistério.
O diretor destacou que, caso a proposta encaminhada pela prefeitura não atenda ao pedido da classe, há chances da categoria aderir uma greve geral já no início de maio próximo.
“Chegamos hoje a 52,74% do piso nacional para o magistério. Isso impacta em várias situações, inclusive na saúde mental desse profissional que teve seu salário desvalorizado”, frisou na ocasião. De acordo Bronzoni, no instante em que a proposta for de conhecimento da classe, a ACP irá deliberar uma audiência para delimitar os rumos da categoria.
Conforme já destacado pelo sindicato, a atual legislação prevê um aumento de 40,57% no mês de maio e 10,3% no mês de outubro para o magistério da Reme.
Mesmo irredutível sobre o ajuste, a categoria de professores se mostrou aberta à negociação e diálogo com a prefeitura.
“O que a categoria não aceita mais são falsas promessas e situações em que não se cumpram. O magistério, os professores e ACP sempre estiveram dispostos a conversar”, pontuou o presidente da ACP.
Iniciada entre os dias 24 e 28 de abril, a greve nacional já tem efeitos prolongados em algumas partes do país. Professores e orientadores educacionais do Distrito Federal decidiram, no fim da manhã desta quarta-feira (26), entrar em greve a partir de 4 de maio.
Em Mato Grosso do Sul, Jaime Teixeira, presidente da Federação Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), descartou qualquer greve neste momento e disse que a paralisação no DF compete exclusivamente ao sindicato local.