[Via Correio do Estado]

Mato Grosso do Sul está em boa posição no ranking dos 27 estados da federação que mais investem em seus municípios. O estado ocupa hoje o 4° lugar, perdendo apenas para o Paraná, com crescimento de 202,79%. Os estados que tiveram alta também foram Alagoas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. O pior rendimento foi do Rio de Janeiro, com queda de 96,45%. O levantamento é do jornal Valor Econômico, que considerou os investimentos liquidados informados nos relatórios de execução orçamentária.

Posição essa que deixou o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), cheio de orgulho e que foi até citado por ele durante visita nesta quinta-feira (19) no programa "Governo Presente" levado a cidade de Rio Verde de Mato Grosso. “Eu posso dizer que olhando os números de investimentos pelos estados e saiu o ranking das 27 federações, pouquíssimos fazem investimento, a maioria não consegue nem mais pagar folha de servidor e nem muitas vezes o serviço da dívida, Mato Grosso do Sul saiu o 4° estado em nível de investimento e é isso que estamos fazendo, buscando a capacidade de ter recursos para devolver a sociedade os impostos que a maioria de nós pagamos em obras, melhorias e benefícios”, disse.

Azambuja aproveitou o desempenho do estado e comentou sobre o programa Governo Presente, que tem o objetivo de atender as prioridades de cada município mas sempre trabalhando em parceria. “Aqui na região norte, nós vamos ouvir 13 municípios, cada um com sua prioridade, e eu posso dizer que nós temos capacidade em transformar esses pedidos em realizações e entregas para a sociedade, esse é o grande mote do Governo Presente, é devolver isso a sociedade. É o governo junto com o município, hoje ninguém consegue governar sozinho, se você não tiver parceria Município, Estado e Governo Federal você não faz com que as coisas avancem, o grande objetivo das nossas vindas nas regiões é ouvir as prioridades e transformar essas prioridades e entregas as populações de todas as regiões”, destacou.

O governador ainda citou projetos futuros com o programa Governo Presente. “Estamos com programa para revitalizar todas as escolas que ainda não foram reformadas, delegacias, os quartéis da Polícia Militar os Detrans para dar uma condição melhor para o funcionário e o contribuinte, e é pedido da população. O objetivo do Governo Presente é aproximar o governo nas cidades e transformar em realizações os pedidos e as prioridades da sociedade’, finalizou.

INVESTIMENTO
Em Mato Grosso do Sul, foram investidos R$ 355,64 milhões no último semestre com a política de austeridade implementadas pelo governo desde 2015, como a renegociação da dívida do Estado, redução das secretarias, reforma da previdência estadual e a diminuição do valor mensal pago aos professores contratados.

As medidas, muitas delas impopulares, reduziram o crescimento vegetativo do gasto com pessoal ativo e inativo e deram algum fôlego ao governo estadual que tem conseguido manter os pagamentos dos servidores em dia e obras e ações em áreas essenciais como saúde, segurança e educação.

Em valor absoluto, Mato Grosso do Sul investiu mais no primeiro semestre deste ano do que vários estados considerados ricos, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

CONSUMO INTERNO
A perda só não é maior porque Mato Grosso do Sul tem aumentado o próprio consumo. Em quatro anos, o número de consumidores do gás natural boliviano no Estado aumentou 142%, passando de 3.866 para 9.343, de julho de 2015 para julho deste ano.

Já o consumo praticamente triplicou, passando de 6,2 milhões de m³ para 18,5 milhões de m³ do produto.

A expectativa da distribuidora MSGÁS é de alcançar 10 mil consumidores em setembro deste ano e chegar a 15 mil em 2022.