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Remédio para perda de peso da Viking decepciona e derruba ações

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Dados do medicamento vieram abaixo das expectativas e papéis da farmacêutica caíram 41%

Viking Therapeutics informou nesta terça-feira (19) que seu remédio experimental para perda de peso ajudou pacientes a perder 12,2% do peso corporal num estudo de fase intermediária, abaixo do topo das expectativas de Wall Street, derrubando suas ações em 41%.

No estudo com 280 pessoas, composto por adultos acima do peso e obesos, aqueles que receberam a dose mais alta do medicamento da Viking, o VK2735, perderam, em média, 12,2% do peso corporal em 13 semanas, contra 10,9% dos que receberam placebo.

No entanto, cerca de 20% dos pacientes que tomaram o VK2735 abandonaram o estudo devido a efeitos adversos, principalmente relacionados a problemas gastrointestinais, como vômitos e náuseas, em comparação com 13% no grupo que recebeu placebo.

O presidente-executivo da Viking, Brian Lian, disse que a empresa vai considerar aumentar a dose a cada quatro semanas em estudos futuros, em vez de a cada duas semanas, para ajudar a controlar os efeitos colaterais.

Analistas esperavam que o medicamento da Viking ajudasse a reduzir o peso corporal em 10% a 15%, após uma redução média de 8,2% em um estudo de fase inicial.

O analista do J.P. Morgan Hardik Parikh afirmou que o perfil do medicamento não está à altura de testes anteriores, mas que os efeitos colaterais podem ser gerenciados com ajustes na dose, especialmente em função da alta taxa de descontinuação no grupo do placebo.

Até o fechamento de segunda-feira (18), as ações da Viking tinham acumulado alta de 4,6% no ano, impulsionadas pelo otimismo em relação ao remédio.

No início de agosto, a pílula experimental orforglipron, da Eli Lilly, levou à perda de 12,4% do peso corporal numa pesquisa de estágio final durante 72 semanas. A notícia reduziu o valor de mercado da empresa em mais de US$ 100 bilhões naquele dia.

Separadamente, o medicamento da Novo Nordisk levou a uma perda de peso de 15% em 68 semanas. Ambas as farmacêuticas preveem lançar seus medicamentos até o próximo ano.

Via CNN Brasil

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