Combinação de solo seco e temperaturas elevadas mantém o estado em alerta máximo para a possibilidade de novos incêndios durante o inverno.

O período seco mal começou e Mato Grosso do Sul já figura entre os estados brasileiros que mais registram focos de queimadas neste final de junho. Segundo dados do BD Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), embora Mato Grosso lidere o ranking nacional até esta sexta-feira (27), com cerca de 1.284 focos de incêndio, o cenário em Mato Grosso do Sul ainda preocupa, especialmente considerando o histórico recente.

Neste mesmo período do ano passado, Mato Grosso do Sul liderava o ranking nacional com o dobro de focos detectados, somando 2.737 incêndios entre 1º e 30 de junho de 2023. Apesar da redução significativa neste ano, o estado ficou na segunda posição do ranking, com cerca de 21.5% da área comprometida, perdendo apenas para o vizinho, Mato Grosso.

Enquanto Mato Grosso do Sul e estados vizinhos enfrentam o risco constante, outras regiões do país, como Tocantins e Maranhão, também figuram entre os mais afetados, com 1.055 e 604 focos respectivamente.

Solo seco e temperaturas elevadas

A combinação de solo seco e temperaturas elevadas mantém o estado em alerta máximo para a possibilidade de novos incêndios durante o inverno.

Os meses de julho, agosto e setembro são críticos para a região, pois a ausência prolongada de chuvas e o solo ressecado ampliam o potencial para o aumento das queimadas. A previsão climática indica que a primeira semana de julho deve permanecer com tempo estável, o que pode colaborar para a propagação dos focos.

Meteorologistas reforçam que a chegada dos corredores de umidade prevista para setembro deve ajudar a aliviar o problema, especialmente entre Mato Grosso e Goiás, mas o cenário ainda exige atenção redobrada da população e das autoridades locais para prevenir novos incêndios e minimizar os impactos ambientais e sociais causados pelas queimadas.

Via Enfoque MS