Puccinelli confirmou que não participará das eleições desse ano
O ex-governador André Puccinelli divulgou uma carta aberta confirmando que não fará parte das eleições para a prefeitura de Campo Grande.
"Reafirmo (...), livre de qualquer vaidade e longe de objetivos pessoais que não serei candidato a prefeito da nossa Capital nas eleições deste ano", escreveu Puccinelli, que afirmou ter consultado familiares e "companheiros" para tomar essa decisão.
Puccinelli ressaltou ainda que não tem impedimentos legais para entrar na corrida eleitoral. "Mesmo com as pesquisas indicando um quadro favorável a minha candidatura, inclusive com vitória no 1º turno, e, ainda, muitos, generosamente, tenham se manifestado pessoalmente, por escrito e nas redes sociais argumentando que eu seria o único capaz de salvar nossa Capital, agradeço a bondade e generosidade, mas reafirmo que não sou candidato", afirmou.
VEJA A CARTA NA ÍNTEGRA
"AOS CAMPO-GRANDENSES
Honrado pelos sucessivos e insistentes pedidos do meu partido para que revisse a minha decisão de não me candidatar a prefeito de Campo Grande, reafirmo, depois de ouvir novamente minha família, ponderar os apelos de companheiros inclusive de outros municípios e avaliar com serenidade, livre de qualquer vaidade e longe de objetivos pessoais, que não seria candidato a prefeito da nossa Capital nas eleições deste ano.
É uma decisão que já havia tomado e anunciado oficialmente em março e que tinha sim o peso decisivo do apelo de minha família.
A partir de então, surgiram articulações que apontaram o nome do deputado estadual Marcio Fernandes, depois de terem também declinado de candidaturas os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, além do deputado Carlos Marum.
Participavam conosco, como aliados, o PR, o PSB e outros partidos, visando a formação de uma chapa comum de prefeito e vice. Ao lado do presidente regional do PMDB, deputado Junior Mochi, e com o respaldo da deputada federal Teresa Cristina, do PSB, buscamos uma definição entre Marcio Fernandes e Teresa que, no entanto, declinaram das candidaturas, levando o PR e, posteriormente o PSB, a debandarem.
O PMDB voltou então a insistir para que eu ponderasse a possibilidade de ser candidato, fixando o prazo de 30 de maio para uma resposta. Concordei em retomar as consultas, mas elas continuavam apontando para a decisão inicial. O partido insistiu e estendeu o prazo para 15 de julho, mas nada mudou.
Mesmo não enfrentando qualquer impedimento legal ou jurídico, mesmo com as pesquisas indicando um quadro favorável a minha candidatura, inclusive com vitória no 1º. turno, e ainda que muitos, generosamente, tenham se manifestado pessoalmente, por escrito e nas redes sociais, argumentando que seria o único capaz de salvar nossa Capital, agradeço a bondade e a generosidade, mas reafirmo que não sou candidato, não disputarei a prefeitura de Campo Grande este ano e, humildemente, não me considero “salvador da pátria”.
O PMDB está liberado para buscar o melhor caminho e acredito que deva fazê-lo ouvindo todas as suas lideranças. Penso que acompanharei a decisão dos companheiros pois sempre fui partidário. Espero que o eleitor campo-grandense, ao final, escolha um prefeito que trabalhe por Campo Grande como sempre trabalhamos, com Amor, Trabalho e Fé!
Campo Grande, 11 de julho de 2016."