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Vendas do varejo crescem 3,4% em agosto e atingem maior patamar desde 2000

Redação
Pesquisa mostra que as atividades varejistas após a crise por consequência da pandemia, se recuperaram nos últimos meses

O volume de vendas do comércio varejista cresceu 3,4% em agosto, na comparação com o mês de julho, indicando o maior patamar da série histórica em Mato Grosso do Sul, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (08), pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Registrando a quarta alta seguida, o setor conseguiu eliminar os prejuízos que teve com a pandemia, superando em 8,9%, o patamar de fevereiro.

Em Mato Grosso do Sul, em agosto, este volume voltou a ter retornos positivos após os resultados de maio (18,2%) e junho (2,4%). Em março e abril foram registrados recordes de queda, -2,6% e -12,6%, respectivamente, em consequência do período de pandemia.

A pesquisa também registou que cinco das 8 atividades analisadas tiveram alta na passagem de julho para agosto.

Entre essas estão tecidos, vestuário e calçados (30,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%).

O gerente responsável pela pesquisa explicou que fatores como o aumento da renda devido ao auxílio emergencial e a alta dos preços, também influenciou o desempenho do varejo, em especial os hipermercados, supermercados, bebidas e produtos alimentícios, que recuou 2,2% de julho para agosto.

“Os produtos de supermercados têm uma elasticidade alta, um arroz mais caro é substituído por outro mais barato, mas o consumidor continua comprando. Os supermercados continuam próximos da margem, mesmo em queda, não sentem tanta diferença quanto em outras atividades”, informou.

Ele finaliza dizendo que o crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos pode ser consequência da renda extra do auxílio emergencial, utilizada pelas famílias para reposição de produtos antigos.

Outros setores que atuaram em queda foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-24,7%).

Via Correio do Estado

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