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Universidade teve ‘avalanche’ de ações nos últimos dois anos, diz defensora

Redação

[Via Correio do Estado]

Sem ter mais a quem recorrer, os acadêmicos da Uniderp participam de uma audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande para tentar acabar com os inúmeros problemas ocorridos na universidade com relação a documentação, grade curricular e, principalmente, ao Financiamento Estudantil (Fies). Participam do encontro, além dos vereadores, o superintendente do Procon/MS, Marcelo Salomão, e representantes da Defensoria Pública.

De acordo com a defensora pública Eni Maria Diniz, os números de reclamações e ações contra a Uniderp são muito superiores com relação as outras universidades. “Nos últimos dois anos foi uma avalanche de ações contra a universidade. Nenhuma outra tem tanta procura quando a Uniderp”, comentou, ressaltando que existem cinco ações civis públicas contra a instituição, sem contar os casos individuais, que não há como mensurar.

Os casos são extremos, que vão desde assinatura de contrato para aula presencial e a universidade mudar, por conta própria, para ensino à distância, até os mais graves e comuns com o Fies dos acadêmicos.

Esse é o caso do acadêmico de Ciência da Computação, Alexandre Fortes, de 24 anos, que se transferiu da uma universidade do mesmo grupo de Rondonópolis para a Unaes, em 2016. Naquele mesmo ano, o campus fechou e ele foi realocado para a Uniderp.

“Nessa transferência, me pularam um semestre. Era para começar o 7º e comecei o 8º. Agora terminei tudo e fiquei com o 7º pendente e não consigo formar. E quando vou cobrar, a Uniderp não se responsabiliza e diz ainda que dará uma bolsa de 50% na mensalidade, sendo que tinha 100% pelo Fies”, resumiu.

Conforme alguns acadêmicos presentes hoje, a universidade organizou duas ações no campus para tentar “esvaziar” a audiência. A primeira foi uma reunião para que acadêmicos negociem débitos e regularizem documentação. Já a outra ação é focada aos alunos dos cursos de saúde, que fazem atendimento a pacientes e com ameaças de perda de nota e outros tipos de retaliação, caso não participem.

O reitor da Uniderp, Taner Bitencourt, está presente na audiência, mas não deve se manifestar e nem está inscrito na ordem para usar o microfone.

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